quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Natura - Ainda não respondeu, mas já deu um retorno.


Olá Amigos !

A Natura ainda não me respondeu ao relatório, mas o o Sr Moacir Salzstein (aquele da foto do último post da Natura) me encaminhou o contato correto dentro da Natura para obter as respostas sobre o relatório, como revela o e-mail abaixo:

Acredito que houve um mau entendimento de sua parte. Minha posição na Natura é diretor de Governança Corporativa. Copio neste mail o Marcos Vaz, ele sim Diretor de Sustentabilidade da empresa.

Obrigado.

Moacir


Assim, para reforçar, além do e-mail do Sr Moacir, mandei novamente o e-mail para o Sr Marcos Vaz (foto abaixo).


Que a resposta  venha em breve. Ficamos no aguardo. 

CPFL - As respostas estão chegando !!!

Olá Amigos,

O negócio de falar com os diretores realmente está dando certo.
A CPFL está nos respondendo, em doses homeopáticas, mas está respondendo.

Segue o link no blog da CPFL com as respostas, mas como ainda não fechou tudo, vou publicar s respostas somente quando fechar tudo.

http://www.cpfl.com.br/relatorioanual2009/CPFL/tabid/1631/EntryId/130/Governanca-corporativa.aspx

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Petrobras - Excelente relatório, mas que nos faz refletir sobre o futuro.

Olá Amigos,
Véspera de Natal, mas o blog Testando os Limites não para.
O relatório avaliado de hoje é o da Petrobras. Não pretendia ler este relatório tão cedo, mas já que recebi uma cópia impressa ( o que facilita muito a leitura) resolvi ler com calma um material de 160 páginas.
Fiquei impressionado com a qualidade do relatório. Juntamente com a Natura, foi um se não o melhor relatório que li até agora. Negócio profissional, não brincam em serviço.
Em análise, digo para vocês que em termos de reportar dados o relatório é excelente, no entanto, como sustentabilidade não vive só de passado, mas principalmente de futuro, o relatório apresenta algumas informações que intrigam como será a gestão da empresa daqui pra frente se continuar agindo da forma que está.
Pensando nisto, resolvi fazer alguns questionamentos a ouvidoria da empresa mais pensando no futuro da gestão desta empresa.
Segue abaixo o que foi encaminhado.

Prezados,
Acabo de ler o relatório de sustentabilidade da Petrobras e realmente fiquei impressionado com a qualidade do material e dos dados apresentados, bem como caráter profissional com o qual são tratadas as informações. O texto é claro, de fácil entendimento e compreensão de todo o processo de gestão da empresa.
No entanto, ao ler o material, o que me deixou intrigado não foi o que foi reportado no relatório, bem como o que já está sendo desenvolvido pela empresa (que se comparado com qualquer organização brasileira está muito acima da média), mas o que vem no futuro e como a empresa vai encarar os desafios da sustentabilidade.
A matriz de materialidade apresentada por vocês, na minha opinião, apresentam perigosos gaps na gestão da empresa que poderão gerar problemas graves no futuro.
Visto o crescimento extraordinário da empresa nos próximos anos fico curioso em saber como a empresa tratará no futuro alguns pontos de reflexão apresentados na matriz contida no relatório:
1- Porque uma empresa que está tão interessada em desenvolvimento sustentável e que trabalha prioritariamente com um produto tão finito quanto o petróleo não se preocupa com o ciclo de vida dos produtos (item 66 da matriz de materialidade) e nem com o consumo consciente (item 38 da matriz de materialidade) ?
2- Como investidor, gostaria de saber qual o plano futuro para que os gestores da Petrobras se importem com os investidores minoritários (item 3 da matriz de materialidade) ? 
3 - Por que a empresa não possui tanto interesse na geração própria de energia para consumo interno, visto que a Petrobras é uma empresa de energia?(item 34 da matriz de materialidade)
4- Visto que a empresa busca manter um crescimento avassalador, a demanda por recursos humanos será também muito grande. Por que, mesmo sabendo deste problema e desta necessidade estratégica, a empresa não se preocupa com a gestão do clima interno (item 11 da matriz de materialidade) e com a carreira dos empregados (item 42 da matriz de materialidade) ? Isto é revelado tanto na matriz de materialidade quando nos índices de satisfação dos empregados que estão em 60%, valor muito baixo para uma empresa que oferece tanto para os empregados como afirmado no relatório.
Já que a transparência (item 7 da matriz de materialidade) é o ponto mais importante da relação da empresa com a sociedade, gostaria muito de receber as respostas sobre os meus questionamentos.
Aguardamos resposta !
Feliz Natal para todos.


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Bunge responde - Conclusão: Fale com quem manda.



Amigos,

Fiquei impressionado. A estratégia de mandar um e-mail para os diretores da empresa causa um efeito de boa vontade das pessoas IMPRESSIONANTE.

Vocês acreditam que em menos de duas horas eu recebi todas as respostas aos questionamentos encaminhados a Bunge ?

Algumas respostas não foram lá conclusivas ou elucidativas, pois muitas respostas eles me convidam para ler o relatório (eu li o relatório e por isto perguntei ), mas pela velocidade que veio, foi até que um tanto quanto impressionante.

Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Este ditado se confirmou hoje.

Segue abaixo as respostas da empresa:

1 - O relatório de vocês afirma que "A empresa possui oito usinas de cana-de-açúcar. Somadas, as unidades têm capacidade de processar aproximadamente 21 milhões de toneladas de cana por ano." Com base nesta afirmação eu não vi no relatório nenhum dado sobre como são tratados os trabalhadores rurais dessas usinas, qual a qualidade de vida dessas pessoas ? Sabemos que essas pessoas sofrem muito no corte de cana e não vi nenhuma abordagem direta neste sentido no relatório. Vocês poderiam explanar melhor ?
 
No relatório, procuramos deixar claro que a expansão no setor sucroalcooleiro é algo recente e, apesar de ter acontecido no início de 2010, reportamos o que já estava sendo feito na questão de governança. Especificamente sobre a questão trabalhista, descrevemos que a Bunge é signatária de pacto com a sociedade e governo, para melhoria das condições trabalhistas do setor. Maiores informações específicas do setor serão melhor abordadas em nosso próximo relatório, visto que teremos trabalhado na gestão dessa área de negócio por um pouco mais de tempo.De todo modo, infelizmente talvez não esteja clara a localização de informações mais completas em nosso relatório, pois elas estão lá. Para facilitar sua navegação, sugerimos que acesse o seguinte link: http://www.bunge.com.br/sustentabilidade/2010/pt-br/cadeia-de-valor/index.html

2- Sobre a cana ainda, existe algum trabalho com a comunidade do entorno dessas usinas, pois a época de safra causa um impacto social imenso nessas comunidades, na questão de saúde pública, violência, uso inadequado dos caminhões nas vias públicas, além do cheiro e da fuligem das queimadas. Como funciona o trabalho de vocês com relação a esses problemas ? Não vi nada no relatório sobre isto. 

 
Estas informações fazem parte da gestão Bunge nas áreas e, realmente, ainda não foram colocadas no relatório visto que nossa expansão deu-se durante o ano 2010, conforme explicitamos no relatório e na resposta anterior. Para adiantar-lhe, informo que temos estudos segmentados sobre cada grupo de usinas, permitindo que possamos interagir com as comunidades locais e, juntos, definirmos quais os projetos prioritários os quais a empresa está empregando recursos e esforços desde a instalação de operações. Esse assunto poderá ser melhor abordado em nosso futuro relatório.

3- Sobre o excedente de energia das usinas que é distribuído para os municípios (como vocês afirmam no relatório), isto é feito gratuitamente? Não entendi. 

 
Existe uma legislação específica para regulamentar esse uso e distribuição. Seguimos o disposto na lei. O impacto positivo é a geração de energia, possibilitando que a mesma chegue em novas praças.

4- Sobre desenvolvimento local, vocês afirmam: "Desenvolvimento regional onde a empresa atua Além dos indicadores sociais completos, bem como parcerias com fornecedores locais e mão de obra regional, a empresa enfatizou os estudos para desenvolvimento regional das novas operações de Açúcar & Bioenergia." Mas ao ler os dados vocês afirmam que em 2009, a Bunge realizou 95,1% de suas compras de fornecedores locais (nacionais). DUVIDA.... Locais vocês dizem Brasil ???
Vocês não acham que o Brasil é algo muito grande para vocês interpretarem como local? Quanto efetivamente é trabalhado no âmbito local ? Local que digo é uma região de um estado (Tocantins por exemplo) e não o Brasil, pois é muito fácil dizer que 95 % é local quanto temos em escala um país de dimensões continentais.

 
Conforme informações anteriores e exposto no relatório, os indicadores técnicos não se aplicam ao nogócio de Açúcar & Bioenergia. A empresa atua, há mais tempo, no negócio Fertilizantes, Agribusiness, Alimentos & Ingredientes. Os dados reportados são referentes à média das áreas de negócio e os critérios adotados estão explicados nos capítulos e tabelas referidas.

5 - Por que aumentou o consumo de energia não renovável de 2008 para 2009 em 2% ?

 
Conforme explicado na página http://www.bunge.com.br/sustentabilidade/2010/pt-br/cadeia-de-valor/efeitos-climaticos/index.html, gráfico EN3, a queda deveu-se a menor produção na área de alimentos, que é a que mais consome esse tipo de energia. De todo modo, os índices da Bunge continuam muito acima da média nacional.

6 - Vocês afirmam que incluiram novas cláusulas, que promovem maior respeito à legislação ambiental e aos direitos humanos. Quais são essas clausulas textualmente ? Vocês poderiam informar ? 

 
A informação sobre esse tipo de relacionamento com nossos fornecedores primários está em http://www.bunge.com.br/sustentabilidade/2010/pt-br/cadeia-de-valor/agricultura-sustentavel/index.html
no item "Sanções"

7 - Vocês afirmam  que "a Bunge promove consultas públicas, interagindo com as comunidades e outros públicos de interesse em suas operações, a fim de identificar ações necessárias para gerar riqueza compartilhada nos locais onde atua." Que tipo de resultado prático foi obtido com estas ações ? O que de concreto se conseguiu com a comunidade e com demais públicos neste processo de relacionamento ?


Sugerimos a leitura do capítulo http://www.bunge.com.br/sustentabilidade/2010/pt-br/relacionamento-com-nossos-publicos/index.html, as informações solicitadas poderão ser melhor conhecidas no referido capítulo.

8- Vocês afirmam que "A realização do Workshop de Sustentabilidade, com participação de vários setores (academia, investidores, certificadores, associações e representantes da sociedade civil), foi outro marco para o aprimoramento da gestão e o alinhamento estratégico para os negócios." Vocês poderiam explicar melhor os resultados práticos dessas ações e efetivamente por que isto foi um "marco" para a empresa ? 


Trata-se do primeiro Workshop específico que realizamos para o negócio de Açúcar & Bioenergia. Foi, assim, um marco e envolveu os dirigentes de negócio, associando os projetos às questões de sustentabilidade. Foi uma alinhamento estratégico muito importante para a empresa.

9- No que foi aplicado as doações realizadas pela mantenedora (Bunge Brasil) no valor de R$ 5.479.446,65 ? Qual tipo de projeto sustentável e não assistencialista isto foi empregados e quais resultados foram obtidos ? A reforma da escola e casas em Santa Catarina estão neste valor ? Pois vocês afirmam que "A empresa evita o assistencialismo e investe em parcerias e projetos sustentáveis." 


Existe todo um capítulo a respeito de nosso investimento social privado. Sugerimos a leitura em http://www.bunge.com.br/sustentabilidade/2010/pt-br/relacionamento-com-nossos-publicos/index.html

10 - Quais foram os resultados efetivos do fechamento da unidade de POnta Grossa. O que aconteceu com os empregados ? 


Conforme descrito, a empresa comunicou os envolvidos de forma transparente. Foi feito o trabalho de reaproveitamento de funcionários e auxílio na realocação, quando possível. Alguns, ainda, foram mantidos para manutenção das instalações. De toda forma, a Bunge já anunciou a reabertura da unidade.

11 - Por que a rotatividade de empregados chegou a 84% entre homens no setor de fertilizante ?


Sua pergunta chamou minha atenção para um dado importante. Pedi uma análise completa da área responsável e, tão logo seja realizada, poderei informá-lo com mais propriedade. De toda forma, uma vez que as demais respostas foram endereçadas, prefiro enviar-lhe esta mensagem de imediato visto o histórico de atraso apontado emsua comunicação.


Atenciosamente,
Michel HR Santos.


CPFL - Entramos em contado com o diretor de comunicação da empresa.


Como fizemos com as outras empresas, descobrimos o canal para perguntar sobre as questões de sustentabilidade da empresa.
 
Desta vez encontramos o contato do Sr Augusto Rodrigues, Diretor de Comunicação Empresarial e Relações Institucionais da CPFL.

Esperamos que desta vez a resposta venha por completo.

Segue abaixo o e-mail com os questionamentos.

Prezado Sr Augusto Rodrigues,

Faço parte da equipe do Blog "Testando os limites da sustentabilidade" (http://testandooslimitesdasustentabilidade.blogspot.com/), cujo o objetivo é analisar a qualidade dos balanços de sustentabilidade apresentados pelas empresas, a qualidade das ações sustentáveis, bem como a capacidade de resposta das organizações para com os questionamentos sobre o referido tema.

Como a proposta deste veículo é ir até o limite, tomei a liberdade em te escrever para finalmente obter uma resposta sobre os questionamentos encaminhados a CPFL.

Faz quase três meses que encaminhamos as perguntas e até o momento fomos somente enrolados.

Para encaminhar as dúvidas utilizamos o canal sustentabilidade@cpfl.com.br que como resposta pediram para nossa equipe publicar no blog da CPFL os questionamentos, foi o que fizemos, mas nada de resposta, depois pediram o telefone e também encaminhamos.

Hoje finalmente recebemos a resposta de apenas 1 pergunta de 8 que foram feitas, sentimos um pouco de descaso desta equipe para com o atendimento da sociedade sobre as questões de sustentabilidade.
Assim, encaminho os questionamentos para o Sr na esperança de obter as respostas.

Muito Obrigado pela atenção.

Segue abaixo os questionamentos.

1- Existem outros projetos sociais desenvolvidos na comunidade sem a aplicação de incentivo fiscal com no caso do CMDCA e da revitalização de hospitais gerenciados diretamente pela CPFL?

2- O fato de se trabalhar com o conselho dos representantes dos empregados seguindo o modelo da SA8000 não gera atrito com os sindicatos ?

3- Qual a razão da taxa de gravidade dos acidentes subir tanto entre os empregados terceirizados de 2007 para 2009, apesar de uma leve queda entre 2008 e 2009 ?

4- Existem projetos futuros para ações mais estruturantes no programa de voluntariado da empresa e não só filantrópicos ?

5- Qual a razão da queda de 28,65% em investimentos em proteção ambiental da CPFL focado nas operações ?

6-Por que na CPFL de jaguariuna nenhum eletricista foi treinado em podas de árvores ?

7- Por que em 2009 caiu tanto o número de visitantes em programas ambientais realizados nas usinas ? Esses visitantes foram migrados para o Barco Escola ?

8- De acordo com o relatório IBASE presente no balanço a CPFL investiu 0 em cultura com os empregados. Qual a razão disto, visto que a empresa é referência em cultura com a sociedade como um todo ?



Bunge - Também sem resposta.


 Amigos !!!

A metodologia de consultar o oráculo Google funciona mesmo. Em pouco tempo consegui o canal de vários diretores para consultar sobre os balanços, acho que vou parar de consultar o SAC das empresas.

Acabo de descobrir o contato do diretor de sustentabilidade da Bunge, o Sr Adalgiso Telles.
Como fizemos nos outros casos, mandamos um e-mail diretamente para quem manda no negócio. 
Aguardamos resposta.

Prezado Sr Adalgiso Telles,

Recentemente li o relatório de sustentabilidade de vocês e encaminhei algumas dúvidas relativas ao material apresentado pela empresa, visto que ainda não obtive resposta, tomei a liberdade para te escrever encaminhando na íntegra o e-mail enviado para o SAC da Bunge.

Grato pela atenção e aguardo as respostas.

SEGUE O E-MAIL ENCAMINHADO
Acabo de ler o relatório de sustentabilidade de vocês, mas ainda tenho algumas dúvidas com relação ao processo de gestão de sustentabilidade de vocês e gostaria de saber se seria possível vocês me responderem.

1 - O relatório de vocês afirma que "A empresa possui oito usinas de cana-de-açúcar. Somadas, as unidades têm capacidade de processar aproximadamente 21 milhões de toneladas de cana por ano." Com base nesta afirmação eu não vi no relatório nenhum dado sobre como são tratados os trabalhadores rurais dessas usinas, qual a qualidade de vida dessas pessoas ? Sabemos que essas pessoas sofrem muito no corte de cana e não vi nenhuma abordagem direta neste sentido no relatório. Vocês poderiam explanar melhor ?

2- Sobre a cana ainda, existe algum trabalho com a comunidade do entorno dessas usinas, pois a época de safra causa um impacto social imenso nessas comunidades, na questão de saúde pública, violência, uso inadequado dos caminhões nas vias públicas, além do cheiro e da fuligem das queimadas. Como funciona o trabalho de vocês com relação a esses problemas ? Não vi nada no relatório sobre isto.

3- Sobre o excedente de energia das usinas que é distribuído para os municípios (como vocês afirmam no relatório), isto é feito gratuitamente? Não entendi.

4- Sobre desenvolvimento local, vocês afirmam: "Desenvolvimento regional onde a empresa atua Além dos indicadores sociais completos, bem como parcerias com fornecedores locais e mão de obra regional, a empresa enfatizou os estudos para desenvolvimento regional das novas operações de Açúcar & Bioenergia." Mas ao ler os dados vocês afirmam que em 2009, a Bunge realizou 95,1% de suas compras de fornecedores locais (nacionais). DUVIDA.... Locais vocês dizem Brasil ???
Vocês não acham que o Brasil é algo muito grande para vocês interpretarem como local? Quanto efetivamente é trabalhado no âmbito local ? Local que digo é uma região de um estado (Tocantins por exemplo) e não o Brasil, pois é muito fácil dizer que 95 % é local quanto temos em escala um país de dimensões continentais.


5 - Por que aumentou o consumo de energia não renovável de 2008 para 2009 em 2% ?

6 - Vocês afirmam que incluiram novas cláusulas, que promovem maior respeito à legislação ambiental e aos direitos humanos. Quais são essas clausulas textualmente ? Vocês poderiam informar ?

7 - Vocês afirmam  que "a Bunge promove consultas públicas, interagindo com as comunidades e outros públicos de interesse em suas operações, a fim de identificar ações necessárias para gerar riqueza compartilhada nos locais onde atua." Que tipo de resultado prático foi obtido com estas ações ? O que de concreto se conseguiu com a comunidade e com demais públicos neste processo de relacionamento ?

8- Vocês afirmam que "A realização do Workshop de Sustentabilidade, com participação de vários setores (academia, investidores, certificadores, associações e representantes da sociedade civil), foi outro marco para o aprimoramento da gestão e o alinhamento estratégico para os negócios." Vocês poderiam explicar melhor os resultados práticos dessas ações e efetivamente por que isto foi um "marco" para a empresa ?

9- No que foi aplicado as doações realizadas pela mantenedora (Bunge Brasil) no valor de R$ 5.479.446,65 ? Qual tipo de projeto sustentável e não assistencialista isto foi empregados e quais resultados foram obtidos ? A reforma da escola e casas em Santa Catarina estão neste valor ? Pois vocês afirmam que "A empresa evita o assistencialismo e investe em parcerias e projetos sustentáveis."

10 - Quais foram os resultados efetivos do fechamento da unidade de POnta Grossa. O que aconteceu com os empregados ?

11 - Por que a rotatividade de empregados chegou a 84% entre homens no setor de fertilizante ?

Natura - Em busca de uma resposta.



Como aconteceu com a CPFL, ainda não obtivemos a resposta da Natura com relação ao relatório apesar de ser um ótimo material.
Seguindo o procedimento adotado no caso da Ambev, descobrimos o nome do diretor de sustentabilidade desta empresa e encaminhamos os nossos questionamentos.
Aguardamos as respostas do Sr Moacir Salzstein .


Segue abaixo a cópia do e-mail.

Prezado Sr Moacir Salzstein,

No mês de Setembro eu li o relatório de Sustentabilidade da Natura e registrei algumas dúvidas com relação ao material.
Visto que até a presente data não obtive resposta e ao pesquisar na internet vi que o Sr é o responsável pela área de sustentabilidade desta empresa, tomei a liberdade em te encaminhar as referidas dúvidas que fiz para o SAC.

Agradeço pela atenção, e espero obter essas respostas.

Segue abaixo o e-mail encaminhado na íntegra ao site da Natura:

Acabo de ler o relatório de sustentabilidade de vocês e confesso que fiquei impressionado com a qualidade do material, bem como a disponibilização e transparência dos dados.

O material apresentado efetivamente revela o quanto o modelo de gestão da empresa está alinhado com o desenvolvimento sustentável.

No entanto, apesar do material ser muito esclarecedor, ainda tenho algumas dúvidas que gostaria de saber se podem ser sanadas:

1- Na etapa 1 do processo da Natura, quais mecanismos a empresa adota para evitar que atravessadores explorem a comunidade amazonica para obtenção de matéria prima a custos muito baixos ?

2- As metas de 2008 que eram de divulgar os princípios de relacionamento com fornecedores e comunidades do entorno foi atingida em 2009 ?

3- Existe previsão de quando será possível divulgar o indicador de desenvolvimento da comunidade do entorno ?

4- As reclamações da ouvidoria na américa latina, que o relatório afirma que são orindas de questões comportamentais ligadas a gestão de pessoas. Eu não entendi muito bem esta parte, vocês poderiam explicitar melhor ? Estas reclamações são oriundas de um choque cultural ?

5- Sobre os fornecedores, as 19 manifestações na ouvidoria sobre processos de concorrência, gestão de contrato, negociação e pagamento foram consideradas procedentes pela empresa ?

6- Sobre o clima de ambiente de trabalho, vocês poderiam explicar melhor a frase contido no relatório na pag 23 que diz: "Acreditamos que não se trata de evoluir alguns pontos percentuais, mas mudar de patamar na percepção de nossos colaboradores".
Não entendi muito bem o teor desta frase.

7- Conforme informa o relatório de 2008, houve um aumento nos acidentes, ainda não temos o relatório de 2009 na rede, mas já foi sanado este problema ?

http://scf.natura.net/Conteudo/Default.aspx?MenuStructure=16 (como o site não registra protocolo - este foi o link onde registrei o questionamento )

AMBEV - Em busca de uma resposta.


Olá Amigos,

Até agora não recebemos nenhuma resposta da AMBEV com relação ao seu relatório.
Conversamos com a jornalista, mandamos e-mail e fomos até clippados dentro do sistema deles de monitoramento de mídia (a estatística do google em nosso blog me contou), mas até agora nada de resposta.
Visto que a proposta deste blog é testar os limites, nossa equipe teve a nobre missão de descobrir o nome e contato do diretor da Ambev para o tema de sustentabilidade.
Graças ao oráculo Google e uma noção básica de pesquisa e cruzamento de informações, descobrimos que o diretor é o Sr Sandro Bassili (canal no twitter @sbassili) e com muito custo conseguimos o e-mail dele, onde repassamos os questionamentos encaminhados para a jornalista Fernanda.

Espero que desta vez as respostas cheguem.

Prezado Sr Sandro Bassili,


Acabo de ler o relatório de sustentabilidade da Ambev ano 2008 e estou com algumas dúvidas e gostaria de saber se a empresa pode responde-las.
Segue abaixo os questionamentos:
1- Vocês poderiam serem mais específicos em qual tipo de valor vocês pretendem criar para a sociedade ? Pois na missão da Ambev isto não está claro, visto que o foco da empresa é somente a geração de vínculos focados em marca, produto ou serviço, pois como vocês afirmam na pag 13 A "missão é a razão de ser da empresa".

2- Na cultura da empresa, vocês poderiam explicar melhor o que significa o termo "tolerância zero" dentro do conceito de sustentabilidade aplicado pela empresa ?


3- Não encontrei dentro dos 10 príncipios qualquer menção direta a atividades de gestão sustentável por parte da organização (pag 14). Vocês poderiam serem mais explicitos nesta relação ?


4- Ao analisar as questões de sustentabilidade da empresa, vocês afirmam na pag 18 que dentro da perspectiva econômica vocês buscam : "gerar valores econômicos para todos os nossos acionistas diretamente e para a sociedade, por meio do pagamento rigoroso de todos os impostos". Vocês realmente acreditam que vocês estão fazendo o melhor para a sociedade simplesmente pagando "rigorosamente" os impostos ? Isto não é somente uma obrigação legal ? Toda empresa não tem que fazer isto ? Que retorno para a sociedade isto tem além do obvio ? 

5- Noto que na sustentabilidade, toda a questão dita social e ambiental são somente processos internos, o modelo de gestão não está descolado da sociedade ?

6- Quantos porcento do faturamente é investido em campanha de consumo consciente com crianças e adolescentes, a atividade foi citada no relatório mais sem dados quantativos e mensuração de resultado. Onde posso obter esses dados ?


7- Qual a razão da emissão dos gases de efeito estufa subir de 644.902,4 (ton) em 2007 para 586.739.655 (ton) em 2008. O aumento foi brutal !! Por quê ?

9- Sobre a comunidade (pag 56) existe algum projeto efetivamente estruturante com as comunidade e não somente doações ? Qual o monitoramente que a empresa faz desses recursos, quais resultados realmente foram obtidos com o apoio da empresa ? 
10- Existe algum trabalho de comércio justo com os produtores de guaraná e cevada do Brasil para evitar exploração e atravessadores ?
11- Vocês poderiam divulgar os dados quantitativos de atividade da ouvidoria da empresa ? Como as manifestações são tratadas ? Existe algum trabalho contra ações ligadas a assédio moral de empregados ?
 
Desde já agradeço pela atenção.

 

CPFL - 4 meses depois responde 1 de 8 perguntas. Na "velocidade da luz"


Olá Amigos,

Acho que a pressão do Blog lentamente está dando resultado com a CPFL. Depois de um longo período de espera eles prontamente responderam UMA PERGUNTA das oito encaminhadas.

Neste compasso acredito que em meados de 2013 teremos todas as respostas, mas já é um começo não é verdade ?

Segue abaixo o link do blog da CPFL onde fori publicada a resposta.

http://www.cpfl.com.br/relatorioanual2009/CPFL/tabid/1631/EntryId/130/Governanca-corporativa.aspx


terça-feira, 21 de dezembro de 2010

ISE - BOVESPA. Chame o Procon



Olá Amigos,

Sabe aquele ditado popular: "Quanto mais mexe mais fede" ?

Acho que ele sintetiza bem o que está acontecendo com as respostas da Bovespa para explicar o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

Acabo de receber a mais nova resposta sobre os questionamentos referentes ao caso Embraer (logo abaixo) quando temos a relação Armas de Guerra X Sustentabilidade.

Segue abaixo o relato:

O Serviço de Atendimento ao Público da BM&FBOVESPA agradece seu contato. Mediante sua solicitação de protocolo 2055764, informamos o abaixo disposto:

Com relação ao questionamento abaixo, gostaríamos de prestar o seguinte esclarecimento. Existem várias metodologias aplicadas para os diferentes índices ao redor do mundo. Alguns índices que usam os filtros negativos (negative screening), também conhecido como exclusão de setores. Por exemplo, o FSTE4good não admite empresas ligadas aos setores 1. Tabagista, 2. Armas, 3. Armas nucleares. Outros adotam filtros positivos (positive screening) e existem ainda aqueles que usam a metodologia best in class (DSI), não discriminando setores e atividades econômicas.

No caso do ISE essa discussão e a escolha da metodologia foi feita há alguns anos, no âmbito do Conselho Deliberativo do ISE. A metodologia escolhida não exclui setores, é um tipo de best in class, porque procura identificar e selecionar as empresas que tem as melhores práticas e um maior alinhamento estratégico com a sustentabilidade, não dentro de cada setor, mas comparando todos os setores entre si. Para dar conta da questão dos riscos (sejam riscos para o indivíduo ou riscos difusos) a metodologia conta com uma dimensão específica: Natureza do Produto. Esta dimensão avalia os produtos e serviços das empresas, com relação a alguns tipos de riscos existentes. Vale dizer que esta performance é afetada pela representatividade que um determinado produto ou serviço de risco tem no portfólio e ou faturamento da empresa. Ou seja, a empresa perde pontos quanto maior for a sua dependência e seu faturamento naqueles determinados produtos e ou serviços.
O índice não aponta Empresas Sustentáveis, mas procura identificar as empresas que estão mais avançadas com relação às outras (grifo nosso). Por meio de seu processo o índice procura estimular as empresas a adotar compromissos e melhores práticas e a rever continuamente seus processos.

Atenciosamente,


Serviço de Atendimento ao Público da BM&FBOVESPA

www.bmfbovespa.com.br

(11) 3272-7373


Bem.... Ao ler as resposta que conclusão vocês chegam ? Eu como investidor chego a conclusão que fui enganado. Se o ISE é o Índice de Sustentabilidade Empresarial e ele, como o próprio documento diz, nao aponta empresas sustentáveis, mas identifica as empresas mais avançadas (em que ? sustentabilidade ?). Logo, ele não serve para o que se propõe, assim, isto é uma propaganda enganosa. CHAME O PROCON !!!

Acho que o ISE é uma enganação. Até uma empresa de cigarros e armas podem fazer parte do índice ? Logo este índice mede o que ?

Deixo registrado minha tristeza. A resposta não colou. Uma pena Bovespa.


sábado, 18 de dezembro de 2010

Braskem - Uma relação muito boa com a Sociedade.

Olá Amigos,


Acabamos de receber as respostas da Braskem com relação aos questionamentos sobre o Balanço de Sustentabilidade desta empresa.
Notei nas respostas que algumas atividades realmente já estão um tempo estruturadas, já outras estão em processo de maturação, respostas como "acreditamos que" revelam esta fase inicial de um processo de maturação de ideias, no entanto, é louvável o esforço desta empresa com relação o desenvolvimento de atividades sustentáveis.
O que buscamos neste Blog não é auditar duramente uma empresa, mas ver o quanto esta é transparente nas relações com a sociedade e isto na Braskem é relativamente bem estruturado.
Segue abaixo as respostas da empresa com relação as questões levantadas.
Boa leitura a todos.

1-      Quais foram as séries de atividades desenvolvidas na comunidade de Camaçari que vocês afirmam no relatório ? VOcês poderiam ser mais específicos ?

Atividades relacionadas ao programa de visita às empresas do COFIC, chamado Ver de Dentro, que tem como público prioritário escolas de Camaçari e Dias D’ Ávila. São abertas exceções às escolas e universidades de outras cidades também. Foram 37 empresas visitadas, em 2009, por 1.384 pessoas, entre elas as unidades Braskem.
Programa de Incentivo à Educação,  voltado para o treinamento de professores e alunos das escolas públicas municipais de Camaçari e Dias D'Ávila, que tem por objetivo contribuir para a melhoria do processo ensino-aprendizagem por meio de atividades pedagógicas, sócioeducativas e culturais que promovam o aprimoramento das práticas de ensino, a aquisição/atualização de conhecimentos e intercâmbio de experiências. Segue quadro de informações referente ao Programa:
Ano 2009
Camaçari
Dias D’Ávila
Total
Escolas envolvidas
48
20
68
No de Atividades
66
61
127
Professores envolvidos
224
106
330
Alunos envolvidos diretamente
24
52
76
Pais
09
30
39
Funcionários
14
7
21
Alunos ouvintes
1.370
700
2.170
Carga Horária
268
220
488

2- Além do evento Polo de cidadania, o que mais foi feito para a comunidade de camaçari ? Qual o efetivo número de pessoas atingidas e quais os resultados obtidos?
Além das contribuições listadas na pergunta 1, a Braskem é uma das maiores contribuintes para a manutenção da Cidade do Saber, programa social administrado pelo Instituto Professor Raimundo Pinheiro, uma entidade não governamental, habilitada como organização social pelo município de Camaçari – tem a Prefeitura Municipal como mantenedor, através das secretarias de cultura e esporte. É reconhecido como o mais importante centro de conhecimento e inclusão social do estado da Bahia. Complexo integrado de educação, cultura, esporte e lazer, tem se consolidado como o equipamento público mais importante do município de Camaçari, através da oferta de cursos e oficinas de arte e cultura; escolinhas esportivas; atividades de promoção à saúde; treinamento de equipes/atletas de rendimento; apresentações de espetáculos de dança, teatro, música; realização, nas suas dependências, de cursos, seminários, palestras, workshops e treinamentos, promovidos por terceiros.
A qualidade das instalações e a metodologia permitem um atendimento diário a mais de 4.000 pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos, contribuindo para uma melhor qualidade de vida da população. O equipamento preenche a lacuna dos temas e práticas contemporâneas da educação não-formal, da arte e entretenimento e vem revelando talentos locais, artísticos e esportivos.
O Polo de Cidadania, que dedica um dia de ações, serviços e lazer às comunidades de Camaçari e Dias d’Ávila, em 2009, teve 24.144 atendimentos, com a visita aproximada de 4.800 pessoas.  
3- Como funciona o Cofic ? Qual a frequência dos dos encontros ? Quais atividades práticas foram desenvolvidas neste conselho comunitário ? Qual o critério para as pessoas fazerem parte deste conselho ?
O COFIC é uma associação empresarial privada, que representa mais de 60 empresas no Polo Industrial de Camaçari e em suas áreas de influência, que operam nos segmentos químico/petroquímico, automotivo, de celulose, metalurgia do cobre, têxtil, bebidas e serviços. Suas atividades concentram-se prioritariamente nas áreas de meio ambiente, segurança industrial e patrimonial, saúde ocupacional, infraestrutura, relações com o governo e as comunidades vizinhas ao Complexo Industrial, comunicação social e desenvolvimento de pessoas.  O Cofic atua como articulador, facilitador e coordenador de ações coletivas para atender os interesses de suas associadas. Sua missão é promover o desenvolvimento sustentável do Polo Industrial de Camaçari e sua área de influência regional. Seus objetivos são:
·   Fomentar o crescimento sustentável das associadas;
·   Representar as associadas junto às autoridades governamentais;
·   Promover melhores práticas em segurança, saúde e meio ambiente;
·   Estimular a comunicação transparente e imagem favorável junto à sociedade;
·   Promover capacitação e qualificação de pessoas para as associadas.
O Conselho se reúne regularmente a cada dois meses ou em sessões extraordinárias, quando convocadas pela maioria dos seus membros. As reuniões são realizadas sempre em uma empresa do Polo, seguindo uma pauta de assuntos levantados com antecedência pelos conselheiros. Um facilitador, externo ao Conselho mas acolhido por este, coordena as discussões sem interferir nas opiniões do grupo. As conclusões e recomendações são registradas em Ata, enviada posteriormente para os conselheiros, para os dirigentes do Polo e para os coordenadores do Programa Atuação Responsável das empresas.
O Conselho Comunitário Consultivo apenas discute, em reuniões, assuntos de interesse mútuo das empresas e da comunidade, não desenvolve atividades práticas.
Para fazerem parte do Conselho, o COFIC e os próprios Conselheiros convidam pessoas dos segmentos mencionados, sendo voluntária a aceitação por parte das mesmas. É desejável     um     equilíbrio     numérico  entre  as representações de Camaçari e Dias D'Ávila. A vaga de conselheiro não pertence à instituição eventualmente representada pelo mesmo.
4- Em triunfo o sistema do conselho comunitário é o mesmo ?
Sim, a dinâmica do Conselho Comunitário em Triunfo é o mesmo das outras localidades.

5- Quais atividades educativassão desenvolvidas pelo NUDEC ?

O NUDEC significa Núcleo de Defesa Comunitária. São grupos organizados para participar de atividades educativas e preventivas sobre os riscos existentes na atividade de transporte de produtos químicos através de dutos. Os membros dos NUDEC são representantes de instituições formais ou informais existentes na comunidade. Essa composição é estratégica e visa maior representatividade e poder de penetração.

Na intenção de melhor servir e atender a comunidade do entorno dos dutos, foi elaborado o projeto “Caminhos para a Auto-sustentabilidade”, composto por atividades como: formação para cidadania, escolinha de futebol, escolinha de dança, percussão e grupos de produção na Dutovia e outros projetos sociais no Etenoduto: formação de liderança comunitária, assistência técnica agrícola, horta escolar, serigrafia, meliponicultura e artesanato, que corre paralelo ao Programa de Comunicação de Riscos, fortalecendo a interação entre as comunidades e a empresa, além de apoiar os moradores destes locais na busca de melhores condições de vida. Todas as atividades descritas acima foram desenvolvidas também ao longo do ano de 2009.

6- Em Alagoas, como funciona de maneira prática a atividade de relações institucionais da Braskem com a comunidade ?
Nós trabalhamos a partir de parcerias, doações e patrocínios baseados nos três pilares prioritários para Braskem como Educação Ambiental (Ecovela, Cinturão Verde, Lagoa Viva, etc), Promoção Cultural (Grupo musical Clave de Sons, Baianas, Fandangos, etc) e Inclusão Social (+ Geração de trabalho e renda). Além de acompanhamento de projetos, intermediação entre os órgão públicos locais e a comunidade através de reuniões com a AMAPO ( Associação de Moradores e Amigos do Pontal) e CCC ( Conselho Comunitário Consultivo), enfim uma relação bem próxima de vizinhos parceiros unidos por um bem maior que a vida útil desta empresa, da comunidade e das Alagoas.

7- Por que em Paulínea não existe atividades de relacionamento comunitário ?
A Braskem está criando um Parque da Amizade em Paulínia, e neste momento todos os esforços na região estão voltadas à este desenvolvimento.

8- Ao ler sobre os principais projetos socio ambientais desenvolvidos por vocês noto, numa primeira leitura, que os mesmos não atingem efetivamente as comunidade impactadas pelas atividades da Petroquimica. Isto procede ou os projetos são para a comunidade ?

Acreditamos que os projetos agregam nas comunidades impactadas pelas nossas operações.


9- No relatório não está especificado, mas quanto foi investido nas atividades socio ambientais ? Quanto foi oriundo de dedução fiscal e quanto não ?

Dentre nosso projeto sócio ambientais, apenas o projeto de reciclagem no sul conseguiu incentivos ficais, por meio do ICMS. Todos os outros foram investimento privado Braskem.


André Leonel Leal
Desenvolvimento Sustentável
Sustainable Development
Braskem S.A.


quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Bunge - O relatório parece interessante, mas as informações são muito superficiais.


Olá amigos,

Após ver uma propaganda do balanço social da Bunge numa revista do Valor econômico, resolvi ler o material.

Achei o material bom, mas muito superficial, as coisas são apresentadas de maneira que ainda gera dúvidas, as coisas são faladas, mas tudo fica muito no ar. Fiquei com muitas dúvidas e quando estamos com dúvidas (como ensinou minha professora da 4ª série - Tia Cotinha ), temos que perguntar !

Então...

Segue abaixo meus questionamentos encaminhados a BUNGE. Nossa equipe espera a resposta.

Prezados,
Acabo de ler o relatório de sustentabilidade de vocês, mas ainda tenho algumas dúvidas com relação ao processo de gestão de sustentabilidade de vocês e gostaria de saber se seria possível vocês me responderem.

1 - O relatório de vocês afirma que "A empresa possui oito usinas de cana-de-açúcar. Somadas, as unidades têm capacidade de processar aproximadamente 21 milhões de toneladas de cana por ano." Com base nesta afirmação eu não vi no relatório nenhum dado sobre como são tratados os trabalhadores rurais dessas usinas, qual a qualidade de vida dessas pessoas ? Sabemos que essas pessoas sofrem muito no corte de cana e não vi nenhuma abordagem direta neste sentido no relatório. Vocês poderiam explanar melhor ?

2- Sobre a cana ainda, existe algum trabalho com a comunidade do entorno dessas usinas, pois a época de safra causa um impacto social imenso nessas comunidades, na questão de saúde pública, violência, uso inadequado dos caminhões nas vias públicas, além do cheiro e da fuligem das queimadas. Como funciona o trabalho de vocês com relação a esses problemas ? Não vi nada no relatório sobre isto.

3- Sobre o excedente de energia das usinas que é distribuído para os municípios (como vocês afirmam no relatório), isto é feito gratuitamente? Não entendi.

4- Sobre desenvolvimento local, vocês afirmam: "Desenvolvimento regional onde a empresa atua Além dos indicadores sociais completos, bem como parcerias com fornecedores locais e mão de obra regional, a empresa enfatizou os estudos para desenvolvimento regional das novas operações de Açúcar & Bioenergia." Mas ao ler os dados vocês afirmam que em 2009, a Bunge realizou 95,1% de suas compras de fornecedores locais (nacionais). DUVIDA.... Locais vocês dizem Brasil ???
Vocês não acham que o Brasil é algo muito grande para vocês interpretarem como local? Quanto efetivamente é trabalhado no âmbito local ? Local que digo é uma região de um estado (Tocantins por exemplo) e não o Brasil, pois é muito fácil dizer que 95 % é local quanto temos em escala um país de dimensões continentais.


5 - Por que aumentou o consumo de energia não renovável de 2008 para 2009 em 2% ?

6 - Vocês afirmam que incluiram novas cláusulas, que promovem maior respeito à legislação ambiental e aos direitos humanos. Quais são essas clausulas textualmente ? Vocês poderiam informar ?

7 - Vocês afirmam  que "a Bunge promove consultas públicas, interagindo com as comunidades e outros públicos de interesse em suas operações, a fim de identificar ações necessárias para gerar riqueza compartilhada nos locais onde atua." Que tipo de resultado prático foi obtido com estas ações ? O que de concreto se conseguiu com a comunidade e com demais públicos neste processo de relacionamento ?

8- Vocês afirmam que "A realização do Workshop de Sustentabilidade, com participação de vários setores (academia, investidores, certificadores, associações e representantes da sociedade civil), foi outro marco para o aprimoramento da gestão e o alinhamento estratégico para os negócios." Vocês poderiam explicar melhor os resultados práticos dessas ações e efetivamente por que isto foi um "marco" para a empresa ?

9- No que foi aplicado as doações realizadas pela mantenedora (Bunge Brasil) no valor de R$ 5.479.446,65 ? Qual tipo de projeto sustentável e não assistencialista isto foi empregados e quais resultados foram obtidos ? A reforma da escola e casas em Santa Catarina estão neste valor ? Pois vocês afirmam que "A empresa evita o assistencialismo e investe em parcerias e projetos sustentáveis."

10 - Quais foram os resultados efetivos do fechamento da unidade de POnta Grossa. O que aconteceu com os empregados ?

11 - Por que a rotatividade de empregados chegou a 84% entre homens no setor de fertilizante ?


sábado, 11 de dezembro de 2010

Ambev manda uma resposta, mas não a resposta que buscamos.



A Ambev depois de quase um mês me respondeu, mas ainda não tive resposta, como revela a cópia abaixo:

Nós fazemos assessoria de imprensa da Ambev, atendemos jornalistas. Voce é jornalista? Trabalha em algum veículo de comunicação? Pergunto porque, caso contrário, seu atendimento deve ser feito pelo site, na seção Fale Conosco.
Obrigada e abs,

Fernanda Doniani | Relações com a Mídia
Máquina Public Relations
Tel.:
55 11 3147 7448
Twitter: twitter.com/maquinaweb

Como o objetivo deste blog é testar os limites, resolvi responder a assessora de imprensa em busca de respostas, com revela a cópia do e-mail logo abaixo:

Olá Fernanda,

Fico feliz com a sua resposta. Realmente entrei em contato com a equipe de assessoria de imprensa, pois não encontrei um canal no site em que haja uma relação entre a empresa e a sociedade que não seja por um canal de cliente.
Como não sou cliente, não encontrei um canal institucional da empresa, por isto tomei a liberdade em te escrever.
Caso você não seja realmente o canal, seria possível você me passar um contato para que eu possa sanar as dúvidas ?
Sobre o fato de eu ser jornalista, confesso para você que não sei. Depois da queda do diploma eu acho que qualquer cidadão pode ser jornalista, mas confesso que não tenho pretensão nenhuma em ser.
Sou apenas um cidadão interessado no tema sustentabilidade que busca respostas das empresas sobre informações que não estão claras nos relatórios e publico no meu blog que te convido a visitar:

http://www.testandooslimitesdasustentabilidade.blogspot.com/

Novamente agradeço pela resposta e se você puder disponibilizar o contato de alguém que possa responder aos meus questionamentos eu agradeço.


Vamos ficar no aguardo....

CPFL não responde. Uma pena, o relatório era bom.

Tentamos de tudo...

Foram quase 4 meses de espera.

Primeiro, mandamos os questionamentos e de resposta recebemos que teríamos que cadastrar o questionamento no blog.
Fizemos e nada.
Mandamos o questionamento novamente.
E nada
Mandamos novamente o questionamento
E eles pediram o telefone para contato.
Demos o telefone.
E nada.

Assim, chegamos a conclusão que a empresa não está preparada e interessada em responder a sociedade. Ficamos triste com esta atitude, pois o material da empresa é bom, só gostaríamos de sanar algumas dúvidas.

Registramos aqui o registro da primeira empresa que se diz sustentável que não possui um canal sistematizado de relacionamento com a sociedade.

CPFL.... Vocês tem muito que melhorar.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ISE Bovespa no caso Embraer - Uma agressão à inteligência das pessoas.


Olá amigos.

Acabei de receber um e-mail da Bovespa a respeito dos questionamentos relativos a Embraer.
Confesso que foi a resposta que mais me decepcionou quando tratamos de sustentabilidade. Segue a resposta abaixo da Bovespa e tirem suas próprias conclusões:

O Serviço de Atendimento ao Público da BM&FBOVESPA agradece seu contato. Mediante sua solicitação de protocolo 2052168, informamos o abaixo disposto:

A avalição do ISE é bem complexa e leva em consideração 6 dimensões: natureza do produto, ambiental, social, governança corporativa, economico-financeiro e geral. Portanto, compõem a carteira do deste índice as empresas que têm o melhor desempenho nas 6 dimensões, isso não significa que a empresa seja perfeita nem que não tenha problemas a serem solucionadas. Mais informações sobre o índice acesse o site
www.isebovespa.com.br
Obrigado pelo contato.
Atenciosamente,

Serviço de Atendimento ao Público da BM&FBOVESPAwww.bmfbovespa.com.br
(11) 3272-7373
Sua opinião é muito importante. Clique aqui para avaliar nosso atendimento.


Ao ver esta resposta confesso que meu citicismo aumentou e não estando satisfeito (visto que este blog tem a proposta de testar os limites) abri uma nova reclamação na ouvidoria da instituição com o seguinte comentário:

Escrevo para deixar registrado que fiquei muito insatisfeito com a resposta dada por vocês sobre o meu questionamento (protocolo 2052168).
Ao ler a afirmação de vocês fiquei totalmente descrente com a qualidade e a forma que vocês tratam a questão da sustentabilidade.
A justificativa apresentada por vocês "não significa que a empresa seja perfeita nem que não tenha problemas" é uma afronta a inteligência de qualquer cidadão com um pouquinho de discernimento.
Não estamos falando de um produto que pode engordar uma pessoa ou que pode, se mau gerenciado os riscos, acarretar impactos sociais e ambientais. Estamos falando de uma empresa que produz ARMAS DE GUERRA !!!!
Desculpe-me se estou sendo rude, mas esta resposta foi algo que nunca pensei em receber de uma instituição que possui uma representatividade tão grande no sistema economico mundial.
Só lamento pela visão miope dos gestores da Bovespa. Como investidor, não acredidarei mais no ISE da Bovespa.


Não sei se virá uma resposta da Bovespa sobre este levantamento, para mim pouco importa, só fiz isto para deixar registrado a esta entidade que não sou idiota.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Braskem - Trabalho ambiental bom, mas com a sociedade deixa a desejar.


Olá Amigos,

Acabo de ler o relatório de Sustentabilidade da Petroquimica Braskem. E ao ler o material reforço que gostei muito do trabalho ambiental e dos processos de gestão com o corpo funcional, no entanto, o trabalho com a comunidade, principalmente que vive no entorno das plantas industriais, parece que ainda é muito fraco.
O texto apresentando sobre este tipo de relacionamento é muito dúbio e inconsistente. Assim, resolvi fazer os questionamentos abaixo:

Prezados,

Tive acesso ao balanço social de vocês e ao ler o material notei que vocês possuem um ótimo trabalho no campo ambiental, no entanto, no campo social surgiram algumas dúvidas .
Assim, gostaria de saber se vocês podem sana-las.

1- Quais foram as séries de atividades desenvolvidas na comunidade de Camaçari que vocês afirmam no relatório ? Vocês poderiam ser mais específicos ?

2- Além do evento Polo de cidadania, o que mais foi feito para a comunidade de Camaçari ? Qual o efetivo número de pessoas atingidas e quais os resultados obtidos ?

3- Como funciona o Cofic ? Qual a frequência dos dos encontros ? Quais atividades práticas foram desenvolvidas neste conselho comunitário ? Qual o critério para as pessoas fazerem parte deste conselho ?

4- Em Triunfo - RS o sistema do conselho comunitário é o mesmo ?

5- Quais atividades educativas são desenvolvidas pelo NUDEC ?

6- Em Alagoas, como funciona de maneira prática a atividade de relações institucionais da Braskem com a comunidade ?

7- Por que em Paulínea não existe atividades de relacionamento comunitário ?

8- Ao ler sobre os principais projetos socio ambientais desenvolvidos por vocês noto, numa primeira leitura, que os mesmos não atingem efetivamente as comunidade impactadas pelas atividades da Petroquimica. Isto procede ou os projetos são para a comunidade ?

9- No relatório não está especificado, mas quanto foi investido nas atividades socio ambientais ? Quanto foi oriundo de dedução fiscal e quanto não ?

Desde já agradeço pela atenção.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Walmart. Modelo de sustentabilidade pela Exame (acho que esta revista precisa de um Check Up).


Olá Amigos,

Acabo de saber que o Walmart foi eleito a empresa-modelo pelo guia Exame de Sustentabilidade (http://www.walmartbrasil.com.br/Sustentabilidade/noticias_interna.aspx?id=1253).

Empresa MODELO. Viu a força desta palavra ?

Segundo o dicionário Aurélio, modelo é: "Aquilo que serve de objeto de imitação".

Assim, fui ver se realmente o Walmart pode ser visto como modelo de imitação quando discutimos sustentabilidade.

Sou um pouco cético com isto pois depois que assisti o documentário "Walmart: O custo alto do preço baixo" eu duvido que esta empresa possa mudar da água pro vinho assim.



Bem, para não dizer que fui injusto, fui ler o balanço da empresa (http://www.walmartsustentabilidade.com.br/_pdf/relatorios/walmart-relatorio-de-sustentabilidade-2010.pdf
)e confesso para vocês que gostei das políticas ambientais da empresa, mas as sociais..... (que foi o que realmente me preocupou no documentário) estão muito, mas muito aquém de uma empresa do porte do Walmart.

Assim, enviei as dúvidas abaixo para o e-mail: walmartevoce@wal-mart.com

Vamos aguardar a resposta.

Segue abaixo o texto encaminhado a empresa:

Prezados,

Acabo de ler o relatório de sustentabilidade de vocês e confesso que fiquei satisfeito com os resultados apresentados tanto no campo ambiental como na área de relacionamento com fornecedores, no entanto, noto que a parte social (item de maior importância no GRI), principalmente com comunidade (do entorno das lojas) e empregados os dados apresentados deixam um pouco a desejar.

Analisando o material, vejo que as atividades desenvolvidas são apenas pontuais, com alguns projetos isolados pelo país e atividades filantrópicas e não sustentáveis como se afirma no documento.

Durante a leitura do relatório, uma frase de vocês me chamou a atenção:

Impulsionar o Desenvolvimento – O processo de geração de riquezas pela empresa beneficia funcionários, fornecedores e a própria comunidade, por meio de projetos integrados de desenvolvimento local.

Confesso que não vi nada de desenvolvimento local dentro das propostas apresentadas pela empresa quando o assunto é a comunidade diretamente impactada pelas atividades dos supermercados (moradores do entorno).

Ao analisar os números, vocês afirmam que doaram R$ 392.600,00 reais para creches, instituições e clubes. O que gera uma doação média de R$ 4314,00 por supermercado.

Com base nesses dados eu pergunto: O que pode ser feito de sustentável numa entidade com uma verba desta valor ? Vocês podem deixar mais claro como é aplicado este recurso ?

Aproveito este e-mail também para tirar mais algumas dúvidas do relatório:

1- Sobre o voluntáriado, a ação é feita somente em um único dia do ano ou existe ações mais estruturantes de desenvolvimento local como é a proposta da empresa ?

2- Por que o Walmart, sendo uma grande empresa preocupada com o desenvolvimento social, não oferece um plano de previdencia privada para os empregados ? (ec 3)

3- Por que o Walmart não divulga a relação do seu salário com o salário mínimo ? (ec 5)

4- Existe algum plano para reduzir a rotatividade dos empregados que está na faixa dos 30 % ? (LA02)

5- Quais foram as medidas de reparação adotadas pela empresa no caso de discriminação (HR4) ?

Desde já agradeço pela atenção.