terça-feira, 28 de agosto de 2012

Volkswagen. Não sabe brincar, não desça pro play.



Olá Amigos,

Esta semana vamos decretar mais um limite testado, nesta caso da Volkswagen.

Para quem nos acompanha, sabe que estamos já a algum tempo em busca de resposta relativas a gestão da Fundação VW no Brasil.

Resumidamente.... estamos aproximadamente um ano em busca de um relatório da empresa no Brasil, mas só no dia 28 de junho, recebemos o e-mail do profissional Mario Offenburger da VW nos convidando para a leitura.

Caro Roberto,

Gostaríamos de enviar um exemplar da nossa mais recente publicação: Investimento Social Fundação Volkswagen.
Em qual endereço devo encaminhar?
Seguimos à disposição para mais informações.

Atenciosamente,
Mario Offenburger


Animados com a proatividade da empresa, resolvemos ler o material com atenção e formular as perguntas.

Depois de publicado os questionamentos... 

Silêncio.......

Pesquisando na rede, encontramos o contato do Sr Renato Acciarto, gerente de comunicação corporativa 

da empresa.

Depois de um e-mail encaminhado, ele prontamente nos atendeu, entrou em contato por telefone e passou 
informações relevantes sobre a gestão da empresa e nos encaminhou o uma resposta com o release abaixo:

Prezado Roberto,

Conforme seu pedido, segue o press-release do GRI global e também um link no final para uma avaliação completa das ações do Grupo Volkswagen mundialmente (inclui o Brasil) no quesito Sustentabilidade.
Espero que goste. É um material bastante rico.

Grande abraço,

Renato Acciarto

Grupo Volkswagen apresenta seu mais recente relatório de sustentabilidade
Ações de sustentabilidade no Brasil ganham destaque no relatório
O Grupo Volkswagen divulgou o seu mais novo relatório de sustentabilidade sob o título de "economia", "sociedade" e "meio ambiente", no qual apresenta os resultados obtidos no ano financeiro de 2011, por meio de uma administração sustentável. O relatório deste ano foi auditado de acordo com o padrão AA1000AS e a Global Reporting Initiative (GRI, Iniciativa de relatórios globais), que concedeu à Volkswagen a nota mais alta possível para este tipo de publicação, a "A+".

No prefácio do relatório, o Prof. Dr. Martin Winterkorn, Presidente do Conselho Administrativo da Volkswagen Aktiengesellschaft (S.A.) e Bernd Osterloh, Presidente do Conselho de Fábrica Geral e de Grupos da Volkswagen Aktiengesellschaft (S.A.) escreveram: "Nossa responsabilidade é garantir o futuro da mobilidade urbana pessoal, mantendo-a acessível, segura e compatível com o meio ambiente. É por isso que, como um Grupo, estabelecemos um nível muito mais alto em termos de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, definimos para nós mesmos novas e ambiciosas metas."

Os principais focos da companhia têm sido melhorar a compatibilidade dos produtos e da produção com o meio ambiente, assim como promover a saúde e a especialização de mais de 500.000 funcionários da Volkswagen em todo o mundo.

O novo relatório de sustentabilidade também apresenta uma visão geral do balanço ambiental de todos os modelos produzidos pelo Grupo Volkswagen. Atualmente, o Grupo oferece 155 modelos com emissão inferior a 120 gramas de CO2/km; 28 têm, inclusive, emissões inferiores a 100 g de CO2/km. O Grupo Volkswagen está comprometido a melhorar ainda mais a compatibilidade ambiental de seus produtos e trabalha com a meta de reduzir as emissões de CO2 da nova frota de veículos europeus em 30% entre 2006 e 2015. O Grupo Volkswagen pretende ainda reduzir a emissão da frota para menos de 120 g de CO2/km em 2015.

Paralelamente a essas ações, o Grupo Volkswagen está melhorando a conservação dos recursos de produção em suas 94 fábricas em todo o mundo. O Grupo Volkswagen estabeleceu para si mesmo a meta de tornar os processos produtivos 25% mais ecológicos até 2018, em todas as suas fábricas.

O Grupo Volkswagen também mantém altos padrões junto a seu público interno. A alta atratividade e a satisfação dos funcionários são elementos essenciais para a estratégia Mach 2018, meta da empresa de se tornar a líder mundial em vendas de veículos até 2018. É por isso que o Grupo Volkswagen realiza uma pesquisa anual, padrão em todas as suas operações no mundo, sobre a opinião de seus funcionários: 89% dos colaboradores participam da pesquisa, que é a ferramenta fundamental para determinar sua satisfação, eliminando as deficiências e melhorando os processos de trabalho.

A Volkswagen tem publicado relatórios sociais desde os anos 70, e o primeiro relatório ambiental da empresa foi divulgado em 1985. O Grupo Volkswagen tem emitido relatórios de sustentabilidade desde 2005.

Visão geral das metas de sustentabilidade do Grupo Volkswagen:

Em 2016, o Grupo Volkswagen deve investir 62,4 bilhões de euros em todo o mundo e mais 14 bilhões na China. Bem mais de dois terços desse programa de investimento serão aplicados direta e indiretamente no desenvolvimento de veículos cada vez mais eficientes, motores e tecnologia, assim como para a realização de uma produção mais compatível com o meio ambiente em suas fábricas.
Entre 2006 e 2015, o Grupo Volkswagen pretende reduzir a emissão de CO2 na nova frota de carros europeus em cerca de 30% – superando a marca de 120 g de CO2/km pela primeira vez em 2015.
Cada novo modelo a ser lançado na região será 10% a 15% mais eficiente, em média, que seu predecessor.
Os processos produtivos do Grupo devem ser 25% mais ecológicos em 2018, em comparação com 2010. Em termos concretos, isso significa 25% a menos de consumo de energia e água, além de resíduos e emissões.
Até 2020, as emissões de gases de efeito estufa devem ser reduzidas em 40%, como resultado de inovações no fornecimento de energia para a produção no Grupo Volkswagen
Nesse contexto, o Grupo deve investir cerca de 600 milhões de euros na expansão utilização de recursos renováveis de energia, como solar, energia eólica e hidrelétrica.
Ações de sustentabilidade no Brasil

A Volkswagen do Brasil teve destaque na edição do relatório, que mencionou o mercado brasileiro como um dos principais players econômicos para o Grupo Volkswagen, além de diversas ações de sustentabilidade realizadas pela empresa no País. Um dos maiores destaques da publicação é o projeto das Pequenas Centrais Hidrelétricas, que têm proporcionado à Volkswagen do Brasil a geração de energia limpa e renovável. Numa iniciativa pioneira entre as montadoras instaladas no Brasil, a Volkswagen anunciou a construção de duas pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com capacidade para gerar 48,2 MW por ano e que responderão por 40% da energia elétrica da empresa no Brasil. A primeira hidrelétrica, a PCH Anhanguera, garantiu à Volkswagen a conquista, em janeiro de 2012, do Certificado de Emissões Reduzidas (CER), também conhecido como Créditos de Carbono, aprovado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O certificado atesta que a hidrelétrica é uma iniciativa sustentável de geração de energia, que contribui para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa.

Outro destaque é o apoio da Volkswagen do Brasil à revitalização do Parque Ecológico de São Carlos "Dr. Antonio Teixeira Vianna", no interior de São Paulo. Em 2010, a empresa destinou uma verba de R$ 145 mil para o parque, aplicados na reforma de espaços para animais e a reintrodução de vegetação indígena. Instalado em uma área de 72 hectares, o parque abriga 900 animais e 60 recintos.

No âmbito das ações sociais, o trabalho de mais de 30 anos da Fundação Volkswagen também foi destacado, especialmente pelo marco de mais de 1 milhão de alunos beneficiados por seus programas educacionais, conquistado em 2011, e o projeto Costurando o Futuro, que ensina o ofício da costura a moradores em situação de vulnerabilidade social de São Bernardo do Campo (SP), confeccionando bolsas e acessórios a partir de tecidos automotivos e uniformes de funcionários da Volkswagen que seriam descartados.

Os resultados do Projeto Bomba d'Água Popular, que permite acesso ao recurso natural a comunidades carentes do semiárido brasileiro, também foram mencionados. Desde o início do programa, em 2005, 698 bombas foram instaladas, beneficiando mais de 100 mil pessoas.

Ações realizadas junto a funcionários da empresa, como o Programa Vida Sustentável, que ensina a reduzir impactos ao meio-ambiente, o AIDS Care, com foco em prevenção, controle e reabilitação da doença, também fizeram parte do relatório.

O relatório de sustentabilidade do Grupo Volkswagen pode ser acessado por meio do seguinte link:

www.volkswagenag.com/nachhaltigkeit


Ao ouvir os argumentos e ler o referido material, notamos a boa intenção da empresa em nos responder, mas o documento não atendeu aos nossos questionamentos sobre a gestão da Fundação VW.

Teremos o maior prazer em ler o novo material da VW que nos foi encaminhado, mas antes gostaríamos das  resposta relativas a fundação.

Como confiar que os demais questionamentos serão respondidos se nem mesmo o da fundação, cujo um dos valores é ser transparente, não foi respondido ?

O fato ocorrido remete bem aquele ditado : "Não sabe brincar, não desça pro play". 

Apreciamos e gostamos de ouvir os argumentos e como as ações das empresas são desenvolvidas, mas 
trabalhamos com fatos provados com números e resultados sólidos, algo que não encontramos nesta empresa.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Grupo Libra. Como é a gestão sustentável de uma empresa de Logística ?


Olá Amigos,
Primeiramente pedimos desculpas pela irregularidade na publicação, mas a devido problemas técnicos não conseguimos postar no dia correto.
Esta semana nossa equipe resolveu testar os limites de uma empresa de logística.
Mas por que uma empresa de logística ??? Primeiro, porque nunca fizemos isto e segundo, pois o governo federal está buscando investir e incentivar uma fortuna neste setor.
Assim perguntamos: Será que as empresas deste segmento estão coerente com os processos de sustentabilidade ???
Por isto resolvemos testar os limites do grupo Libra, um dos maiores braços logísticos do Brasil, responsável por exemplo pela gestão de parte do porto de Santos.
Pois bem, resumidamente, o relatório desta empresa não é bom, como disse um de nossos colaboradores "parece um bebê começando a engatinhar".

Relatório é pouco convincente e bastante tendencioso a publicar somente boas novas.
De forma geral, não conseguimos analisar o desempenho em sustentabilidade da Libra, pois há pouca prestação de contas. Na peça escrita ainda predomina uma linguagem de apresentação institucional e marketing. A Libra precisa repensar a forma de se apresentar no próximo ano, pois o leitor quer informação de qualidade que demonstre o que a empresa faz de fato ou deixou de fazer no período reportado e isto não foi evidenciado.
Não há qualquer informação sobre as metas futuras, apesar da empresa declarar em vários momentos que estas existem. Parece não haver abertura para apresentação das mesmas e consequente prestação de contas sobre seu atendimento no período seguinte.

Para falar a verdade o relatório é muito ruim, não atende nem o nível C do GRI o qual eles mesmos propuseram a responder. Realmente o trabalho é decepcionante, mas como nada está perdido, torcemos na redenção desta empresa e esperamos que ela nos responda com qualidade os questionamentos abaixo:
Boa Leitura.
Prezados profissionais da Libra.

Sou Roberto Leite, "editor do blog "Testando os Limites da sustentabilidade".

Canal que busca discutir as questões de gestão sustentável frente a sociedade.

Recentemente nossa equipe acabou de ler o relatório de vocês e ficamos com uma série de dúvidas que gostaríamos que fossem sanadas. 

Assim, segue abaixo nossos questionamentos e gostaríamos de uma resposta com a possível data do envio.

Grato pela atenção. 

1- Vocês poderiam detalhar como ocorre efetivamente a gestão dita participativa no comitê de gestão ? 

2- Dentro de Gestão de pessoas, vocês promovem a gestão do clima organizacional, mas não apresentam as pesquisas de satisfação dos empregados. Vocês podem apresentar esses dados ? 

3- Como é efetivamente disseminado para os empregados o princípio libra de relacionamento ? Como vocês avaliam quie esses princípios são realmente aceitos e internalizados pelos empregados ?

4- Das 60 manifestações registradas na ouvidoria, quais os principais assuntos tratados ? 

5- Por que a Libra não demonstra como as 60 manifestações foram tratadas? O indicador HR4 solicita informações a respeito do número total de casos de discriminação e as medidas tomadas. Já que este é um tema material gostaríamos de receber mais informações sobre isto. 

6- Na mesma linha de raciocínio, a Libra pode nos informar o que significaram as 60 manifestações, e se esta é a única maneira da empresa avaliar se existem casos de corrupção em suas atividades? 

7- O terminal de Santos é o maior negócio da empresa, mas por que apresentou um aumento de 6,2% nas emissões ? Qual a razão desta falta de gestão ambiental no porto ? 

8- Vocês poderiam explicar melhor por que as emissões na LIbra Logística Intermodal aumentou 759% em um ano ? Foi um aumento real ou um erro de gestão na compilação dos dados ? Se for um erro de gestão.... Como posso confiar nos outros dados apresentados pela empresa ? 

9- Por que a geração de entulho subiu tanto de 2009 para 2011 ? 

10- Por que a unidade CNA incinera todos os seus resíduos perigosos e não os reutiliza ou recupera como as outras unidades ? Qual o impacto atmosférico deste incineração ? 

11- Por que a maioria dos resíduos não perigosos são destinados a aterros sanitários e não para reutilização ou compostagem ? Qual a qualidade do aterro que vocês enviam esses resíduos ? Vocês fazem alguma inspeção ? 

12- Vocês podem apresentar os índices de derramamento da empresa nos anos anteriores para efeito de comparação ? 

13- Vocês afirmam que promovem diversas ações de conscientização de seus trabalhadores. Vocês possuem algum indicador que avalia se os conceitos foram absorvidos pelos empregados ? 

14- Na questão de trânsito e poluição sonora vocês possuem pesquisas com a comunidade para medir o real impacto da atividade portuária nas pessoas e processos de mitigação desses impactos ? 

15- O item SO1 do GRI que avalia os impactos sociais nas comunidades, encontramos apenas um exemplos de ação em Santos sobre o agendamento de caminhões, que incomodam menos a comunidade por onde passam. A Libra tem alguma forma consistente de identificação de impactos sociais e gestão sobre os mesmos? Poderíamos receber informações sobre isto? 

16- Sobre o item SO2 do GRI, por que a Libra se limita a escrever que todas as unidades foram submetidas a avaliação de riscos sobre corrupção? Podem nos informar como isto é feito e qual o resultado destas avaliações? 

17- Este R$ 1 milhão em projetos sociais são investimentos próprios ou advindos de programas de dedução fiscal ? 

18- Sabe-se que zonas portuárias são focos de prostituição e possuem altos índices de criminalidade. Por que a empresa não desenvolve nenhum programa para atender mulheres em questões de vulnerabilidade social ? 

19- Vocês sabem realmente a razão de terem uma taxa de rotatividade tão alta de empregados (18,8%) ? 

20- A empresa possui 71 executivos..... Vocês não acham que é muito cacique para pouco índio ? 

21- Como é efetivamente realizado o processo anual de avalição de desempenho e feedback individual dos empregados ? O feedback é dado em data específica? Existe "o dia nacional do feedback" na empresa ? 

22- Qual a razão de 22% das reclamações trabalhistas serem relativas a insalubridade e periculosidade ? A empresa não respeita esta questão legal para com os empregados ? 

23- Por que a índice de dias perdidos pelos empregados varia de 9,9 no norte para 31,2 no sudeste ? Se segurança é tema prioritário na empresa, por que os dados contradizem esta afirmação ? 

24- O índice de severidade dos acidentes acima de 1900 é relativo ao óbito registrado em 2011 ? 

25- Quais os dados da pesquisa de percepção de segurança dos empregados ? Eles possuem esta percepção ? 

26- Sobre o item EC1 do GRI, a empresa diz atender totalmente a este indicador, no entanto, não encontramos dados sobre custos operacionais, salários e benefícios de empregados, pagamento a provedores de capital, impostos brutos. Vocês podem apresentar esses dados ? 

27- Dos 1,1 bilhão em investimentos a Libra poderia fornecer informações sobre os impactos sociais e ambientais relacionados a estes investimentos? 

28- Libra descreve que existem metas e indicadores de performance, mas não nos contam nada sobre isto... Poderiam nos relatar quais são as metas e indicadores de sustentabilidade utilizados? E como a empresa está em relação a isto? 

29- Por que a Libra não reporta de maneira consistente a geração de resíduos de construção civil? 

31- Para ter o indicador EN22 completo é essencial que se reporte este dado, lembrando que pela legislação nacional, parte deste entulho pode ser resíduo perigoso e outra parte não. 

31- É correto entender que o terminal do Rio gerou 12.464 Ton de entulho? Isto é uma quantidade considerável de resíduo de construção civil. Quanto deste resíduo foi perigoso e para onde foi destinado? 

32 - Por que a Libra não apresenta os dados referentes aos anos de 2009 e 2010, permitindo a nós leitores uma análise de desempenho ambiental? A GRI é bastante clara neste quesito de comparabilidade, não atendido pela Libra. 

33- Sobre os derramamentos, a Libra pode nos explicar quais os impactos causados pelos derramamentos, já que suas operações estão localizadas em locais bastante sensíveis? 

34- A Libra utiliza algum indicador de desempenho para consumo de energia? A apresentação pura dos dados de consumo não demonstra se o desempenho da empresa está melhor ou pior. Vocês monitoram o consumo de energia por contêiner movimentado ou algo similar? Podem esclarecer isto? 

35- Por que a energia indireta cresceu quase 60%? 

36- O que a Libra quer dizer com a utilização de caminhões superdimensionados para o transporte de cargas? É um erro do termo utilizado ou uma medida ineficiente de transporte? 

37- Sobre o Item EC8, Não encontramos as informações sobre o investimento em infra-estrutura, conforme solicitado neste indicador. A Libra se limita a publicar o volume de recursos por área de atuação, não reportando o que foi destinado a infra-estrutura e a forma como isto foi feito. 

38- Entendemos ao ler o capítulo sobre relações de trabalho, que há um ajustamento de conduta sendo conduzido pela Libra, sobre o qual a empresa não esclarece os fatos. O que exatamente a empresa descumpriu para ter assinado este Termo com o Ministério Público do Trabalho? 

39- Uma pena a Libra não divulgar suas estatísticas de segurança dos anos de 2009 e 2010, o que permitiria a nós leitores, entender um pouco mais sobre o desempenho da empresa ao longo do tempo. Vocês podem apresentar esses dados ? 

40 - Sobre o acidente fatal ocorrido, a empresa poderia esclarecer o que ocorreu e qual a causa ou causas do acidente? 

41- Em se tratando de um tema material, esperamos que no próximo relatório este indicador seja apresentado de maneira mais aberta por região para todos os indicadores apresentados. Vocês poderiam apresentar desta forma ? 

42- No dito "Comite de relações institucionais", que é o membro independete que trabalha neste setor ? É algum lobbysta reconhecido na função ? Qual o trabalho que ele desenvolve ? 

43- Sobre os compromissos assumidos parabenizamos a Libra por ter aderido ao Pacto Global e gostaríamos de receber o relatório de 2011 sobre o atendimento aos princípios do pacto.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Hoje é dia de cobrança.




Olá Amigos !!!

Depois de muito tempo, voltamos a sessão "Hoje é dia de cobrança", que apresenta aos nossos leitores a situação de como está o nosso relacionamento com as empresas testadas.

Dentre as empresas, as que não encaminharam respostas foram:


Depois de muito, mas muito tempo sem dar notícias, recebemos ontem o contato do Sr Renato Acciarto (gerente de comunicação corporativa da empresa) 
Fomos prontamente atendidos em nosso chamado e o diretor se interessou em obter detalhes da nossa proposta de trabalho. Ficamos no aguardo para fechar os questionamentos. 
A VW confirmou a nossa máxima..... FALE SEMPRE COM QUEM MANDA.







Para a empresa eleita mais transparente do mundo, a mesma nos ignorou totalmente. Tentamos várias formas de contato, mas nada.


A última cartada foi entrar em contato com nossas raízes lusófonas e falar com o gerente de imprensa na Repsol em Portugal, o Sr Antonio Martins Victor.


Mas até agora nada......




Recebemos um pronto atendimento e a empresa se comprometeu a encaminhar as respostas até o dia 24/8. Ficamos no aguardo.





Esta Caixa é preta...... não queimamos vela com defunto ruim, por isto o trabalho com a Caixa está em stand by, mas recebemos o e-mail de um leitor que acionou a lei de acesso informação do governo federal para obter as respostas do blog.

Achei a iniciativa interessante, mas pessoalmente DUVIDO que virá alguma resposta. Desde quando uma lei deste porte no Brasil irá funcionar ? NUNCA. Os orgãos públicos do Brasil não estão preparados para isto. Acho que a lei não vai pegar como muitas outras.

Espero que esteja errado. Se estiver mesmo, publicaremos as informações que nos forem encaminhadas.

Pois bem.....

Este é o nosso status. Agora ficamos no aguardo.

Até.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Alcoa. Presidente direto em seu discurso. Ponto para a empresa.




Olá Amigos,

Nesta semana nossa equipe leu um relatório de mais uma empresa que nos convidou para uma leitura e para testar os limites. A Alcoa.

Mineradora de bauxita e produtora de alumínio a Alcoa apresentou este ano um relatório diferente do ano anterior, para falar a verdade bem diferente.

Com poucas páginas e escrito de uma maneira direta e objetiva, com uma diagramação prática e sem fotos de empregados sorridentes e crianças bem nutridas, o documento ganhou um ponto positivo na carta do presidente.

De uma maneira direta e simples, o Sr Franklin Feder expõe o cenário da empresa, citando o seu prejuízo nos últimos anos, sua evolução e os resultados deste ano.

Diferente de outras empresas em que o presidente fala para os acionistas e não para o público em geral, este presidente prende a sua leitura ao começar citando as questões sociais e ambientais da organização para posteriormente entrar na parte econômica em si.

O documento é muito prático e direto, a primeira vista parece ser um ótimo material, mas nas entrelinhas deixa muito a desejar no quesito de equilíbrio das informações, não adentrando em temas polêmicos, como impactos nas comunidades onde opera, assuntos controversos das usinas hidrelétricas, multas ambientais, impactos na biodiversidade, entre outros. Vários indicadores importantes não são reportados. 

Para uma empresa da importância da Alcoa, consideramos este relato bastante tímido, pouco ousado e com aparente falta de transparência das informações, o que pode ser acarretado pelo formato muito resumido do relatório e que esperamos sanar com os questionamentos abaixo:

Prezados Profissionais da Alcoa.

Sou Roberto Leite, editor do blog "testando os limites da sustentabilidade" e atendendo um convite de vocês, nossa equipe leu o relatório da empresa deste ano e estamos com algumas dúvidas que gostaríamos e muito que fossem sanadas.

Assim, segue abaixo os nossos questionamentos e gostaríamos e muito de ter uma data acertada para publicação.

Grato pela atenção.

Roberto Leite.

1- Vocês poderiam apresentar uma prestação de contas sobre a gestão de risco da empresa ? O que foi feito em 2011 sobre esta questão ?

2- Sobre as questões relativas a corrupção, quantos casos foram identificados pela empresa e como foi tratada a questão ?

3- Com relação aos fornecedores, vê se que dos 1100 contratos firmados com fornecedores críticos, apenas 30 foram auditados em 2011, menos de 3% do total. Será que é por isto que não se tem registro de desvios? Qual a razão de uma auditoria numericamente tão pequena ?

4- Seria possível conhecer as cláusulas de direitos humanos que devem ser atendidas pelos fornecedores da Alcoa?

5- O que é avaliado em termos de sustentabilidade pela Alcoa de seus fornecedores presente no questionário citado na página 6 ?

6- Quando que o Fundo Juriti investiu na comunidade neste ano de 2011 ?

7- Vocês poderiam definir o que é erro humano no conceito da Alcoa sobre as relações trabalhistas ?

8- Por que vocês não possuem uma política formal para contratar fornecedores locais ?

9- Por que apesar das boas taxas de clima organizacional a rotatividade de empregados jovens cresce ano após ano ?

10- Vocês poderiam explicar como funciona o conselho regional de relações comunitárias e como é efetivamente realizada sua governança ? Este projeto ocorre em todas as plantas da Alcoa ?

11- Vocês não citam no relatório exemplos de projetos sociais e resultados. Vocês poderiam ser mais claro neste ponto ?

12- Parabéns por exemplificar que para Alcoa fornecedor local é aquele que está no município da sua operação. Muito claro isto! Mas gostaríamos de saber porque os fornecedores das pequenas cidades estão diminuindo ano após ano dentro do portfólio da Alcoa ?

13- Gostaríamos de sugerir que no próximo ano a empresa apresente informações além dos funcionários, mas também dos terceiros. Num mundo onde a terceirização é bastante comum, é uma pena não recebermos estas informações. A GRI é bastante clara ao pedir isto em vários indicadores da família LA, como o LA1, por exemplo. Faltou informações importantes sobre esta questão das relações trabalhistas.

14- Sobre as hidrelétricas, sentimos uma falta de transparência sobre as polêmicas acerca das usinas Barra Grande e Pai Querê. Sem entrar no mérito das controvérsias do projeto, entendemos que um relatório de sustentabilidade deve atender ao princípio de equilíbrios trazendo as notícias boas e ruins, e neste ponto este relatório deixa a desejar, uma vez que não traz absolutamente nada sobre toda a forma que este projeto está sendo conduzido, se limitando a escrever que existe 93% de aprovação da população no entorno do município da usina Barra Grande. 
A audiência pública de Pai Querê foi bastante complexa, o que no mínimo mereceria uma abordagem mais assertiva neste relatório. Do ponto de vista de credibilidade, a Alcoa acaba nos deixando, a partir deste momento de leitura, com a “pulga atrás da orelha” sobre a gestão da empresa nesta questão. 
Poderíamos receber esclarecimentos e a visão da empresa sobre tudo o que se divulga na internet (e não é pouco) sobre estes projetos? Ou devemos formar nossa opinião com o que está sendo publicado? 

Vejam o que encontramos a respeito:
 http://riouruguaivivo.wordpress.com/,
http://observatorioambiental.com.br/2012/03/26/mais-uma-hidreletrica-do-pac-e-questionada-por-ambientalistas/

http://crismenegon.com.br/portal/1-artigos/2017-a-barragem-de-paiquere.html

São críticas e mais críticas sobre destruição, desrespeito a comunidades, fraudes, erros técnicos e por aí vai...


15- Muito interessante e claras as informações sobre as medições e reduções de emissões, no entanto não ficou claro por que houve um aumento considerável nas emissões oriundas de carvão mineral nos ultimos anos. Por que isto acontece ? Este aumento não contradiz o posicionamento da empresa frente suas afirmações relativas a qualidade do ar ?


16- A empresa reporta dados sobre a redução do consumo específico de água. Como está a visão da empresa em relação a pegada hídrica, que agora tem um protocolo montado para esta análise?


17- O que vocês querem dizer na nota da página 20 denominada EM 2011: “ a redução obteve aumento em seu consumo de 7,7%” ?

18- O que a empresa faz com os resíduos perigosos que não são reciclados ? Qual a segurança da sociedade para com a destinação correta destes resíduos ?

19- Sabemos que as atividades da  mineração são impactantes para moradores do entorno das unidades. Estranhamos não encontrar qualquer informação sobre isto no relatório. Poeira, condição de estradas, acidentes de trânsito causados por caminhões da empresa ou terceiros, nada disto e reportado para nós, leitores. Vocês possuem essas informações ?

20- Retirando o investimentos em parques de conservação, quanto a Alcoa investiu em projetos sociais em 2011 ?

21- Vocês afirmam que das áreas degradas em 2012 vocês recuperarão 120 hectares. Isto é quantos % do total a ser recuperado ?


22- A Alcoa traça uma linha de 1,5 milhão em multa para o conceito de significativo e daí afirma que não foram emitidas multas significativas ambientais. Qual a razão de se escolher a base de 1,5 milhão ? Os stakeholders que vivem próximo a uma unidade da Alcoa adoriam saber das multas mais baixas, relacionadas aos impactos causados na vida deles. Que tal apresentar as multas com valores até R$ 50.000,00? Será que o cenário muda? A empresa paga todas as multas ou recorre sempre ?


23- Sobre segurança vocês reportam que não houve óbitos. Isto também se aplica a todos os funcionários de empresas terceiras que trabalham para a Alcoa? Aliás, qual é afinal o número de funcionários de empresas que prestam serviços para a Alcoa?

24- Apesar de não haver óbito, o total de incidentes com lesão aumentaram de 10 para 11. Isto não é uma bomba relógio armada para um futuro acidente fatal ? Qual o trabalho da empresa para reduzir este índice ?