segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Estamos de férias. Voltamos em janeiro.


Olá Amigos,

Informamos que a Equipe do Blog "Testando os Limites da Sustentabilidade" está de férias e retornamos somente após o dia 16/01.

Assim, aproveitamos este post para desejar a todos os nossos leitores um ótimo 2012 e que o próximo ano tenhamos um mundo muito melhor que este que passou.

Num balanço geral, este ano de 2011 foi muito bom para a nossa equipe. Conhecemos várias pessoas e fizemos novos amigos. De janeiro até o mês de dezembro tivemos a visita de pessoas de mais de 63 nações (isto escrevendo só em português).

Ficamos muito felizes com este resultados e esperamos melhorar ainda mais para 2012 e caso você esteja interessado em entrar no grupo dos "testadores de limite" o convite já está aberto. Escreva pra gente !!!! Ficaremos muito felizes com mais gente nesta empreitada.

Abraço a todos e tenham um ótimo 2012.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Gerdau. Fria no relacionamento como o aço que vende.



Olá Amigos,

Já faz algum tempo em que o nosso trabalho não recebe algum eco das organizações.

Para nossa surpresa isto aconteceu com a Gerdau, uma empresa que tinhamos muito respeito e consideração  por toda história que o grupo de Jorge Gerdau ofereceu para o Brasil.

Pois bem..... Depois de muito insistir, acabamos de decretar que a Gerdau teve o seu limite testado e que não obtivemos resposta alguma.

Tentamos todas as formas que estavam em nosso alcance, até mesmo escrevemos para o Sr Renato Gasparetto Júnior, diretor de Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa da Gerdau, mas não obtivemos resposta.

Vemos o quanto o discurso desta empresa é vazio, pois em seu relatório na pag 37 a empresa afirma que uma de suas competências é:

"Construção de Relacionamento com Stakeholders"

Pois bem...... Assim fica registrado a posição de mais uma empresa em que o discurso não condiz com a prática. Algo muito triste, principalmente de uma empresa cujo seu presidente é praticamente um "consultor" do governo brasileiro.

Como comprovação da nossas tentativas, segue abaixo a cópia do último e-mail encaminhado ao Sr Renato Gasparetto Júnior (foto abaixo) sobre as respostas a serem encaminhadas ao nosso blog.

Boa Leitura




Prezado Sr Renato Gaspareto,

Acredito que o Sr já tenha lido meus outros e-mails, mas vou me apresentar novamente.

Sou Roberto Leite, editor do blog Testando os Limites da Sustentabilidade", canal que busca discutir com a sociedade o posicionamento das grandes empresas que fazem negócios no Brasil sobre a questão da sustentabilidade.

Devido a grande representatividade do Grupo Gerdau, não só no âmbito empresarial, mas também no político de nosso país, nossa equipe decidiu testar os limites deste grande grupo.

Notamos alguns pontos positivos e a necessidade de informações adicionais em alguns casos, ou como se fala no "Gestãones", encontramos alguns "pontos de melhoria".

Pois bem..... já faz algum tempo que buscamos um posicionamento da empresa frente a esta questão, ou seja, se a empresa irá ou não responder aos nossos questionamentos e se sim qual o prazo para isto.

Caso não seja possível uma resposta, gostaríamos de pelo menos receber uma negativa da empresa para assim publicar em nosso blog.

Grato pela atenção, ficamos no aguardo.

Atenciosamente,

Roberto Leite

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Anglo American. Conseguiu explicar seus princípios, à primeira vista, esquizofrênicos.



Olá Amigos,

Com muita atenção e competência a equipe da mineradora Anglo American nos respondeu.

Ficamos muitos felizes com a atenção recebida por esta empresa e no esforço em nos responder aos questionamentos encaminhados pelo nosso blog.

Ao ler as respostas (que não foram curtas), notamos que a empresa está interessada em se posicionar frente a sociedade.

De um modo claro eles conseguiram responder a posição aparentemente esquizofrênica da relação entre colaboração e Inovação com a chamadas "regras simples e não negociáveis".

No entanto, ao ler as respostas, vemos o quanto a empresa aparenta não ter um bom ambiente de trabalho, tanto que se esquivou em divulgar dados relativos a pesquisa de clima organizacional, programa de demissões e precarização do trabalho por meio de terceirizações.

Outro ponto que também não ficou claro foram as questões relativas a segurança no trabalho, pois apesar de terem bons resultados em nível internacional, seus indicadores internos pioraram no último ano e a empresa não apresentou explicações claras para isto.

Em termos de inclusão social a empresa ainda deve melhorar muito, pois ainda não deixou claro como irá trabalhar para atender a cota de deficientes físicos. Uma obrigação legal em nosso país.

Para uma empresa de mineração, nota-se que faltam dados sobre as comunidades, pois foi apresentado somente canais de comunicação, mas não resultados que comprovem sua efetividade.

Com relação ao meio ambiente, a empresa não explicou a razão do aumento das emissões de particulados em suas plantas industriais e nem um plano efetivo para a diminuição da utilização de combustíveis não renováveis que aumentou consideravelmente nos últimos anos.

Novamente agradecemos a Anglo American pela atenção dada a nossa equipe e segue abaixo as respostas na íntegra da empresa.

Boa leitura a todos.





Parte I


1- Nossas perguntas tem como base o relatório de 2009. A empresa não divulgou seu 
relatório de 2010? Não encontramos no site – 





Nosso relatório 2010, da Unidade de Negócio Níquel está no link
http://relatoriosociedade.angloamerican.com.br/2010/pt/. Ele também pode ser acessado 
por um link na homepage do nosso website: www.angloamerican.com.br. 
Nosso Relatório à Sociedade é verificado externamente e, desde 2009, é GRI A+. No 
processo de relato do desempenho de 2011 convidamos um painel de três especialistas 
externos para avaliar o processo e ajudar-nos a ser cada vez mais focados no que é 
assunto de interesse para o público.


2- O ajustes nos escritórios, que gerou muita polêmica na empresa, teve corte de efetivo ? 
Como a empresa administrou esta questão e trouxe tranquilidade para os empregados ? A 
empresa reconhece que não soube administrar esta crise interna ao ponto de culparem 
a imprensa neste caso, como foi informado na página 9?


A mudança de escritórios anunciada em 2009 e depois cancelada foi certamente uma 
grande preocupação dos empregados, sobretudo do escritório de São Paulo. Esta 
preocupação fez com que as notícias – na forma de notinhas em coluna social – soassem 
como provocações. E foi nesse sentido que isto foi relatado na página mencionada. Não 
se culpou a imprensa, pelo contrário: deu-se grande importância às publicações. É 
importante ressaltar que a mudança de planos quanto aos escritórios veio por serem 
ouvidos os empregados em comunicação direta com a liderança: a própria CEO mundial, 
em visita à nossa unidade de negócio no final de 2009, fez questão de registrar que 
recebeu mensagens de preocupação e sugestões e estava levando-as em consideração 
na tomada de decisão.


3- Nesta mesma página vocês afirmam que a imprensa "divulga notícias não autorizadas". 
Como vocês pretendem ter controle da imprensa ao ponto de dizer o que é ou não 
autorizado por vocês para publicar? Isto não revela um clima de censura na cultura da 
empresa?


Certamente qualquer forma de controle ou censura à imprensa não corresponde à forma 
de trabalho e aos valores corporativos da Anglo American. Ao falar em “notícias não 
autorizadas”, fazia-se referência a notícias geradas por outras fontes que não a Anglo 
American, por meio de um comunicado oficial. A escolha dos termos empregados no 
Relatório pode ter dado alguma margem a dúvida, mas certamente não corresponde à 
realidade de transparência e diálogo presentes na organização.


4- Como está a questão da empresa de Cubatão que estava para ser vendida? Já foi 
vendida? E como vocês garantem que o comprador vai trabalhar com os valores de Anglo 
American, como vocês afirmam no relatório? 


A empresa que você cita é a Copebrás. Em agosto deste ano o Grupo Anglo American 
decidiu não mais vender este negócio, assim como já havia feito em janeiro em relação à 
Mineração Catalão, produtora de ferronióbio. Hoje existe um processo de realinhamento 
destas duas unidades que continuam no grupo na forma de uma unidade de negócios 
independente.


5- A planta no Amapá e o sistema Minas-Rio já está no sistema integrado da empresa?

Sim. A Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American, formada em agosto
de 2008, é composta pelo Sistema Amapá e o Projeto Minas-Rio e faz parte do sistema 
integrado da empresa desde a sua criação.

Em fase de obras, o Projeto Minas-Rio inclui uma mina de minério de ferro e unidade de 
beneficiamento em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas, em Minas Gerais; um 
mineroduto com 525 km de extensão, que atravessa 32 municípios mineiros e fluminenses; 
e 49% do terminal de minério do Porto de Açu, em parceria com a LLX, localizado em São 
João de Barra (RJ). O empreendimento terá capacidade de produção de 26,5 milhões de 
toneladas anuais de minério de ferro e o primeiro embarque está previsto para o segundo 
semestre de 2013.

O Sistema Amapá encontra-se no Estado do Amapá, no norte do Brasil. Ele é formado por 
uma mina, a unidade de beneficiamento no município de Pedra Branca do Amapari e o 
Porto de Santana. O transporte de minério de ferro entre a mina e o porto, que ficam 
distantes cerca de 200 km, é realizado por ferrovia, por meio da Estrada de Ferro do 
Amapá. No primeiro semestre de 2011, a produção atingiu 2,33 milhões de toneladas, 
registrando um lucro operacional de US$ 45 milhões. A previsão é que sejam produzidos 
4,5 milhões de toneladas nesse ano.




6- Em seus princípios, dentro do Mindset, vocês afirmam: "Todos os ferimentos e doenças 
relacionados ao trabalho, bem como danos ambientais, são evitáveis". Como vocês 
garantem que uma mineradora evite todos os seus danos ambientais? Isto não é um 
discurso vazio?




Desde que passamos a usar o conceito dos sistemas de gestão da qualidade, em 1990, 
passamos a trabalhar com o conceito de prevenção de não conformidades, de garantia da 
qualidade de tudo que fazemos. À qualidade com foco no cliente (ISO 9001, em 1994) 
fomos integrando a preservação ambiental (ISO 14001, em 2001) e a gestão da segurança 
e saúde ocupacional (OHSAS 18001 em 2003), sempre com este conceito de buscar a 
garantia.

É fato que a mineração gera impacto ao meio ambiente como consequência inerente de 
sua atividade mineira, principalmente ao solo e à paisagem devido à remoção do solo para 
obtenção do minério. Trabalhamos comprometidos com a legislação brasileira e com 
padrões globais da companhia para gerar o menor impacto possível nos locais em que 
operamos e investimos na reabilitação de nossas áreas para recuperação da paisagem e 
da biodiversidade. Acreditamos que o trabalho em nossas operações pode ser realizado 
com “Zero Lesão” aos nossos empregados e terceiros e que danos ao meio ambiente 
podem ser minimizados e mitigados a fim de gerar um saldo positivo no entorno. Como 
temos uma visão integrada de sistema de gestão mantemos o mindset “zero dano” para 
aprendermos com as experiências e atingirmos a melhoria contínua.




7- No mesmo princípio, vocês possuem como elemento norteador a frase : "regras simples 
e não negociáveis" e ao mesmo a tempo apresenta como valor "colaboração e inovação". 
Como você pode ser inovador onde as regras são inegociáveis ? Onde existe o espaço 
para colaboração e diálogo nesta cultura? Vocês falam nos valores que questionam a 
forma que sempre foi feito, mas ao mesmo tempo as regras são inegociáveis. Isto não soa 
como algo esquizofrênico?




O princípio “regras simples e não negociáveis” é perfeitamente compatível com os valores 
“colaboração” e “inovação”. Regras e procedimentos podem e devem ser objeto de 
melhoria e revisão contínua. Tecnicamente, a sequência é identificar riscos continuamente 
(através de avaliações, auditorias, investigações de incidentes, acompanhamento da 
legislação etc), e, com base neles, promover a atualização das regras e procedimentos, se 
necessário. Uma vez que a regra for estabelecida e aprovada, ela deve ser simples (de fácil 
entendimento), e não negociável, ou seja, todos devem cumpri-la. Em resumo, fomentar 
regras simples e não negociáveis está relacionado à nossa baixa tolerância a riscos e 
desvios, visando à preservação da vida e do meio ambiente. Colaborações e inovações são 
mais do que bem vindas, além de serem necessárias para a atualização e sobrevivência do 
negócio. Elas apenas precisam ser padronizadas para que sejam traduzidas em regras 
simples, que possam ser cumpridas por todos.




8- No caso da comunicação da junção dos escritórios, vocês não acreditam que a empresa 
não cumpriu o valor preocupação e respeito? Pois o princípio diz que vocês constroem 
confiança por meio de uma comunicação aberta e de mão dupla, mas parece que os 
empregados não sentiram esta posição da empresa, ao ponto de receber a informação pela 
imprensa. Esta observação está correta? 





Os valores preocupação e respeito estiveram claramente presentes naquele momento pela 
existência dos canais para livre manifestação, que, ao serem acionados, levaram às 
respostas durante o período e também à revisão da decisão sobre a junção dos escritórios.




9- Por que a empresa separou a gestão da empresa de fosfato e nióbio do restante da 
organização? Como vocês trabalham integrados desta maneira?




A separação inicial se deu para preparar este negócio para venda, decisão que foi revertida
em 2011.

Porém, em outubro de 2009 também houve um decisão do Grupo de reorganizar suas 
atividades por commodity, surgindo então a Unidade de Negócio Níquel, que assina o 
Relatório 2010. Essa reestruturação busca operações mais focadas em suas necessidades 
próprias e peculiares, sendo todas as Unidades de Negócios regidas e permeadas pelos 
mesmos Valores Corporativos e Princípios de Negócios.


10- Vocês falam que seus empregados de 2008 para 2009 subiu de 7605 para 9813, no 
entanto, os empregados diretos caíram de 2684 para 2575. Este excesso de terceirização 
não precariza a qualidade do trabalho e rompe os vínculo da empresa com as pessoas ?
Qual a razão disto para uma empresa que se diz sustentável ?




O aumento do número de contratados em 2009 foi praticamente localizado no Projeto Barro 
onde estávamos em fase de construção da nova planta de ferroníquel.




11- Vocês possuem dados de pesquisa de clima para disponibilizar e provar cientificamente 
a satisfação dos funcionários?




Foram feitas várias pesquisas de clima formais ao longo dos anos e ações foram tomadas 
frente às questões levantadas. Está prevista uma nova rodada para 2012. 
Além disso, existem canais permanentes, internos e externos para que as pessoas 
expressem suas opiniões, reclamações, dúvidas. São o Fale Conosco 
(faleconosco@angloamerican.com) e o SpeakUp. O primeiro é monitorado diretamente 
pela Comunicação e há mecanismos que garantem que seja dada uma resposta, e o 
segundo é administrado por uma empresa global, externa, que trata sigilosamente das 
reclamações e denúncias eventualmente apuradas, com envolvimento direto da alta gestão.




12- Por que a relação salarial da empresa caiu de 4X o salário mínimo para menos de 2 X
na planta de Barro Alto de 2007 para 2009? Por que esta defasagem salarial nesta 
comunidade?




Essa diferença se deu em função do aumento da diversidade de funções envolvidas no 
Projeto Barro Alto, que em seu início contava com profissionais com cargos mais técnicos. 
Com o avanço das fases do projeto, de 2007 para 2008 e 2009 passou-se a ter 
empregados com funções mais operacionais, cujos salários se aproximavam mais do 
salário mínimo.




13- Por que a participação de pessoas das comunidades próximas as plantas mineradoras 
é tão baixo? Os programas de qualificação não estão surtindo efeito?




A grande contratação do efetivo para a nova planta de Barro Alto só ocorreu em 2010, e a 
grande maioria dos novos empregados é da região, muitos deles – ou delas – participaram 
de capacitação tanto em Barro Alto como nas instalações do SENAI em Niquelândia em 
programa que desenvolvemos especialmente para preparar uma nova mão de obra. 





14- Por que as taxas de lesões com afastamento subiram tanto de 2008 para 2009 nas 
unidades de Catalão/ouvidor - Cubatão - Barro Alto já que segurança é um valor para 
empresa?




O Projeto Barro Alto foi concluído com uma taxa de frequência de acidentes com 
afastamento de 0,03, índice muito bem avaliado pelo mercado.

Também houve melhorias nas outras unidades. Estes números devem ser analisados em 
longo prazo, avaliando-se a tendência, mas sem dúvida é um ponto que sempre merece a 
nossa atenção e ações.


15- Vocês afirmam que as taxas de lesões de Barro Alto de 0,06 é referência, mas em 2008 
foi de 0,03. Por que este índice dobrou e mesmo assim é referência?


O Projeto Barro Alto foi concluído com uma taxa de frequência de acidentes com 
afastamento de 0,03 e estivemos atentos a variações durante todo o seu andamento, 
agindo com ações corretivas quando necessário.

Barro Alto foi destaque em termos de segurança, alcançando a marca de 37 milhões de 
homens-hora trabalhada sem fatalidades. Ao longo da construção, mais de 26 mil 
trabalhadores passaram pelo projeto.

Recebemos diversos reconhecimentos externos em 2011 destacando a excelência de 
Barro Alto por seu desempenho em segurança:




- Aplausos (reconhecimento global do Grupo Anglo American pelo desempenho 
excepcional em segurança)

- 1º Prêmio Dupont (reconhecimento pela excelência da implementação da gestão de 
saúde e segurança no Projeto Barro Alto)

- Prêmio Proteção Brasil 2011 (conquistado com o case ‘Metodologia de Gerenciamento de
Risco: Um dos Fatores de Sucesso na Busca pela Visão Zero Lesão’)

16- Vocês possuem dados de pesquisa de satisfação das comunidades para com a 
empresa?


Realizamos pesquisas com a comunidade a cada três anos por meio de um conjunto de 
ferramentas chamado SEAT – Socio-Economic Assessment Toolbox (a versão 1 dessa

caixa de ferramentas está disponível para consulta e uso no link 
http://www.angloamerican.com.br/media/publicacoes/unidade-de-negocio-niquel.aspx).


Através dessa rodada de pesquisa com nossas diversas partes interessadas criamos um 
plano de envolvimento com a comunidade (PEC) para desenvolver planos de ações e 
atuar em impactos diretamente causados por nossa presença na região, e planos para 
abordar impactos indiretos, mesmo que não estejam relacionados às nossas operações, 
mas que de alguma forma a empresa pode contribuir na articulação de oportunidades para 
atuar nestes impactos.

As ações propostas e o acompanhamento delas são feitos regularmente nos fóruns 
intercâmbio, reuniões abertas nas localidades, quando temos a oportunidade de ouvir as 
opiniões e demandas da comunidade e nos posicionarmos para cada uma delas. 


Felizmente temos tido sempre um público interessado em nossos fóruns e disposto a 
pensar melhorias e oportunidades para a região, sempre levando em conta os princípios de 
boa cidadania, valores da companhia e sustentabilidade.

Além disso, um dos mais relevantes canais de comunicação com a comunidade que a 
Anglo American possui, utilizados pelas três unidades de negócios da empresa e 
desenvolvido pela Unidade Minério de Ferro Brasil, é o Sistema Fale Conosco. Trata-se de

um conjunto de ferramentas sistematizadas, implantadas ao longo de 2010, que inclui as 
linhas telefônicas 0800 941-7100 (Projeto Minas-Rio) e 0800-2801004 (Sistema Amapá), o 
endereço de e-mail faleconosco@angloamerican.com, contatos face a face, cartas e caixas

de manifestações.
Por meio do Fale Conosco, as comunidades podem se manifestar e receber resposta, em 
um intervalo de tempo que varia do retorno imediato ao máximo de cinco dias úteis, 
dependendo da complexidade da manifestação. O canal permite à empresa reunir 
evidências sobre os temas mais relevantes para essas comunidades possibilitando, dessa 
forma, a proposição de soluções e criação de oportunidades de melhoria.

A Unidade de Minério de Ferro Brasil também realiza um monitoramento socioeconômico, 
coordenado pela área de desenvolvimento sustentável da unidade, onde várias 
informações relativas às comunidades são levantadas com o objetivo de proceder 
correções e promover ações de desenvolvimento junto a essas comunidades.




17- Parabéns pelo programa de Aids. O projeto é muito interessante.

Obrigado. Nosso compromisso é melhorar a vida de nossos empregados, seus familiares e 
comunidade local e os programas de tratamento e conscientização com o apoio de 
parceiros fazem parte desse compromisso. Possuímos uma abordagem abrangente, 
reconhecida por muitos órgãos nacionais e internacionais com a melhor prática, mas ainda 
há um longo caminho a seguir. Como os níveis de incidência do HIV/AIDS, como um todo, 
continuam a aumentar, a conscientização sobre a importância da prevenção é fundamental 
para manter todos alertas sobre a vulnerabilidade das pessoas frente a esse vírus.




18- Parabéns pela estrutura dos projetos sociais. A gestão é bem interessante e 
transparente.


Obrigado. Tratamos com a mesma transparência de nossas publicações os encontros que 
realizamos com a comunidade, chamados de Fórum Intercâmbio.


19- Por que o volume de água captada de chuva para uso industrial caiu tanto de 2008 para 
2009? Foi alguma estiagem ou decisão da empresa abandonar este tipo de projeto? 


A captação de água de chuva era possível nas operações em Catalão. Em 2009, o 
reservatório (barragem de rejeitos) não tinha área livre suficiente para captar toda água de

chuva. Por este motivo alteamentos da barragem têm sido feitos para garantir esta 
captação atualmente.




20- Por que as iniciativas de diminuir as emissões ainda não são passíveis de mensuração, 
conforme informado no relatório?


Pelo fato de que até aquele momento não havia instrumentos e mecanismos de medição
para acompanhar os resultados das iniciativas, mesmo porque estavam ainda em 
implementação. Mas nem por isso elas deixavam de ser incentivadas e tratamos com 
transparência essa oportunidade a desenvolver. De qualquer forma, publicamos 
anualmente nossas emissões através da iniciativa “Programa Brasileiro GHG Protocol”, 
sendo uma das empresas-fundadoras da iniciativa do Centro de Estudos em 
Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas.


21- Por que as emissões de particulados dobraram de 2008 para 2009 e de flúor teve um
aumento significativo na unidade de Catalão?

(teremos a resposta no início da próxima semana) NÃO RECEBEMOS AINDA


22- Por que uma empresa tão importante como a Anglo American reporta a sociedade um 
relatório apenas nível C no GRI?




Desde a edição 2009 somos nível A+.

II parte

1- Vocês poderiam explicar o que é este carvão verde que vocês citam no início do 
relatório?




O carvão verde trata-se do uso de cavaco de madeira a partir de floresta plantada. O 
cavaco substitui o carvão vegetal e o carvão mineral como redutor. É a madeira triturada 
em lascas usada no processo de Calcinação, quando é retirada a umidade do minério, 
antes do seu refino. Consideramos como carvão verde pois trata-se de uma fonte renovável 
de energia.




2- Vocês podem publicar o resultado final do estudo abaixo realizado pela Embrapa nas 
áreas contaminadas de Barro Alto? http://www.ecodebate.com.br/2011/01/24/embrapacerrados-

avalia-impacto-da-atividade-mineradora-de-niquel-na-biodiversidade-de-solos-embarro-
alto-go/ – matéria de 24/01/11

Primeiramente, em Barro Alto não há áreas contaminadas. Nosso processo de mineração 
não utiliza nenhum produto que possa contaminar o solo ou a água. Nosso único impacto 
ambiental é a remoção da vegetação exclusivamente nos locais de ocorrência de minério, 
sem o qual não é possível minerar. É um impacto muito pontual que envolve pequenas 
áreas quando comparadas à agricultura, pecuária e outras afins.




A Embrapa está estudando métodos de revegetação com as espécies nativas dos locais 
que ainda não são domesticadas, portanto a intenção da Anglo American é preservar a 
biodiversidade local na recomposição desses ecossistemas. Pesquisas desse tipo não dão 
resultados de curto prazo. Já temos alguns resultados preliminares que ainda não somos 
autorizados pela Embrapa a divulgar. Mais informações você pode obter junto à Embrapa 
Cerrado de Brasília.




3- Visto que a Anglo American se importa muito com as comunidades, qual foi o desfecho 
do problema abaixo ? Vocês afirmam na página 23 que amplia as oportunidades de diálogo 
em diferentes níveis de poder. 
http://www.jornaldiariodonorte.com.br/site/cidades.php?cod=1469




Foi uma questão pontual durante a construção da planta industrial de Barro Alto. A 
Camargo Correa já encerrou suas atividades no projeto, que hoje já é uma operação.

A Anglo American dá prioridade a empresas locais e, quando isso não é possível por 
questões técnicas, ela estimula suas contratadas a se estabelecerem nas comunidades 
locais. Porém, a decisão final cabe a cada empresa, que tem liberdade para tomar suas 
decisões gerenciais.

Quando a Anglo American pensa nas comunidades que ela está envolvida, por uma 
questão de sustentabilidade, suas ações tem sempre uma visão de médio e longo prazo, 
algo que não seria alcançado com a presença da Camargo Correa num curto período de 
tempo no município. O fato da Camargo Correa ter mudado o escritório para Goianésia não 
quer dizer que ela deixou de empregar pessoas em Barro Alto ou de recolher os impostos 
devidos ao município, já que prestava seus serviços no município de Barro Alto. A Anglo 
American dá prioridade ao município de Barro Alto e também se preocupa com os 
municípios vizinhos. Apoiamos além, de Barro Alto, Goianésia, Santa Rita do Novo Destino, 
Uruaçu e Niquelândia, que compõem a área de entorno dos nossos empreendimentos na 
região.




4- Dentre as metas apontadas por vocês para o ano de 2010, por que a meta de segurança 
atrelada a "Cultura de segurança - Liderança Visível" foi atingida parcialmente? Não ficou 
claro o que precisa ser feito para se atingir totalmente.




O parcialmente se refere que não atingimos as metas de treinamento que nós havíamos 
proposto. Estamos elaborando indicadores pró-ativos para controlar melhor o nosso 
desempenho adicional aos programas que já estão implementados e que são melhorados a 
cada ano reforçando cada vez mais a visão de "zero lesão"


.

5- Como vocês garantem que a cidade de Barro Alto terá ganhos em saúde no futuro (pag 
12). Vocês acreditam que somente construindo um hospital isto realmente pode acontecer? 





Isto não é apenas uma contrapartida devido ao fluxo migratório que a empresa acarreta? 
A construção do hospital foi identificada pela comunidade como uma necessidade para o 
município a partir da avaliação de impactos socioeconômicos pela metodologia da caixa de 
ferramentas SEAT, antes mesmo do inicio da construção e operação em Barro Alto, já que 
o atendimento hospitalar na cidade é de baixa qualidade. O município não dispõe de uma 
maternidade, por exemplo.

Somente a construção de um edifício não é suficiente, quando se sabe que a promoção da 
Saúde envolve inúmeras ações, de vários atores: população, empresas e governos. O 
hospital apenas marcará uma nova etapa na Saúde municipal e regional. Os resultados nos

indicadores de Saúde são atingidos lenta e gradativamente ao longo do tempo pois, além 
de profissionais especializados e recursos orçamentários elevados, é necessário 
planejamento, coordenação, avaliação e controle das ações empreendidas. Estes itens são 
ausentes ou bastante deficientes na esmagadora maioria dos municípios do Brasil.

O que a Anglo American fez pela saúde de Barro Alto foi contratar uma empresa 
especializada na área (Atto) para montar um projeto qualificado e que realmente trouxesse 
frutos para a população do município e da região (e não apenas investimento financeiro em 
um novo hospital). Resumidamente, este projeto teve a seguinte concepção:




a) Planejamento do Sistema de Saúde do Município de Barro Alto, Goiás, incluindo 
microrregião de abrangência;

b) Planejamento e assessoria à equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde de Barro 
Alto e gestores para ativação e gerenciamento do Hospital e demais unidades de saúde;

c) Assessoria técnica para desenvolvimento profissional e acompanhamento de atividades 
assistenciais.

O Município de Barro Alto adotou a Estratégia Saúde da Família há aproximadamente 3 
anos, mas teve dificuldade em sua aplicação plena, principalmente no exercício da carga 
horária integral do profissional médico e na composição completa das equipes. Isto resultou 
em falta de eficiência da política municipal para a saúde e de resultados positivos de 
impacto para a população, traduzida em sobrecarga de trabalho dos profissionais do 
hospital, insatisfação profissional e da população com o sistema. Porém, nas reuniões da 
consultoria e Anglo American com os gestores da prefeitura de Barro Alto a Prefeitura tem 
recebido muito bem todas as indicações e intervenções técnicas que temos feito, como 
exemplos: a adequação do prédio novo do hospital com objetivo de melhorias dos 
processos assistenciais internos, a manutenção da Estratégia Saúde da Família como 
modelo assistencial no nível primário da Atenção Básica, a ampliação das equipes de 
Saúde através de concurso público. Assim, é nossa impressão que a prefeitura tem feito 
seu papel e há fortes indicações de que continuará fazendo para o adequado 
funcionamento desta área de seu governo.

O que podemos garantir é que, com aplicação adequada de recursos financeiros e 
investimentos em recursos humanos, como temos feito, em trabalho integrado e 
de consenso Anglo American e Prefeitura, certamente os resultados virão em breve.




6- O presidente afirma que 60% da energia da planta de Codemin vêm de fontes 
renováveis, mas o mesmo relatório indica aumentos absurdos no consumo de gasolina 
(aumento de 1266%) e de Diesel (aumento de 406%) entre 2009 e 2010. Isto não revela 
uma inconsistência na afirmação do presidente?




O consumo de gasolina e diesel representa uma pequena parte da nossa matriz energética, 
composta significativamente por energia hidrelétrica, cavaco de madeira e óleo pesado. 
Mesmo com o aumento de gasolina e óleo diesel, em função do aumento da produção e 
transportes, essas fontes impactam pouco a matriz que se mantém majoritariamente 
renovável.




7- Vi que as operações de nióbios e fosfatos foram mesmo desvinculadas. O que 
aconteceu com elas? O que aconteceu com os empregados dessas empresas?




As empresas foram desvinculadas para serem preparadas para venda, não ocorrendo nada 
fora do normal com os empregados. Podemos lhe informar o que escreveremos no relatório 
2011: que nesse ano o Grupo Anglo American reavaliou esses negócios e decidiu não mais 
vendê-los. As empresas continuam como negócios de fosfato e nióbio, administrados 
separadamente da Unidade de Negócio Níquel.




8- Quando vocês irão cumprir a obrigação legal de atender os deficientes físicos? Vocês já 
foram multados, mas não apresentaram ainda resultados efetivos.




A dificuldade de conseguir isso é unir a necessidade de recursos humanos capacitados 
para as funções que se apresentam. Temos buscado, como muitas das empresas do Brasil, 
capacitar deficientes físicos para exercer funções diversificadas dentro da companhia, mas 
isso é um processo de médio prazo, reconhecido inclusive pela promotoria. Estamos 
revertendo recursos para unidades de capacitação e inclusão profissional de deficientes 
físicos nas localidades que operamos.




9- Para construir a Matriz de Materialidade vocês afirmam (Pg 25) que contataram 85 
fornecedores e apenas nove responderam e dos cinco clientes ninguém respondeu. A 
Anglo American está sofrendo uma crise de credibilidade junto aos públicos de interesse ?




A pesquisa foi realizada via internet através de email, sem outras formas de incentivo a 
resposta, como contatos telefônicos ou reuniões presenciais. Nesse contexto, apesar de 
não considerarmos satisfatório o retorno alcançado, ele reflete o método aplicado. Estamos 
atentos ao ponto para buscar novas formas de interação com nossos stakeholders na 
construção de nosso Relatório.




10- Vimos como importante o parecer externo vindo de acadêmicos. Parabéns pela 
iniciativa. Isto sim é uma verificação externa, contadores fantasiados de pseudo-auditores 
de relatórios de sustentabilidade.




Obrigado. Tivemos um bom retorno referente a essa iniciativa e a meta agora é incorporar
as recomendações desse comitê para o relatório 2011.

11- Dos 166 dispensados em 2010, quantos foram de aposentadoria ? Pergunto isto pois 
noto que o emprego mesmo acorreu somente em Barro Alto, mas houve desemprego em 
outras unidades.




Em 2010 oito empregados se aposentaram, os demais foram desligados. Uma das razões 
foi a reestruturação do negócio, agora focado apenas no níquel, que gerou alguns 
desligamentos.




12- Dos 715 empregados de Barro Alto, quantos são da comunidade?

Percentagem de moradores de Barro Alto com base no quadro até dez 2010:
82,1% do Estado de Goiás;
76,3% de Barro Alto e região
34,8% só de Barro Alto.

“Região de Barro Alto”: Alto Horizonte, Barro Alto, Campinorte, Crixás, Goianésia, Ipiranga,
Mara Rosa, Niquelândia, Nova Iguaçu e Uruaçu.

13- Sobre a oficina de materialidade, vocês convidaram todos os empregados para 
participar. Quantos realmente participaram? Os resultados foram melhores do que com 
fornecedores e clientes.




Não foram convidados todos os empregados e sim representantes de áreas diferentes e 
nível de função. A abordagem foi de grupo focal e não pesquisa individual. Foram três 
grupos, um por unidade (Barro Alto, Niquelândia e São Paulo) atingindo 24 pessoas.




14- Por que somente 22% dos empregados recebem uma análise de desempenho?

Todos os empregados são avaliados, porém somente os empregados graduados (de 
analistas a diretores) possuem um contrato de desempenho individualizado, além de um 
plano individual de desenvolvimento.




15- Qual o índice da pesquisa de clima organizacional da empresa ? 

Foram feitas várias pesquisas de clima formais ao longo dos anos e ações foram tomadas 
frente às questões levantadas. Está prevista uma nova rodada para 2012.




16- O que aconteceu em Barro Alto para que os acidentes subissem de uma taxa de 
gravidade de 2,00 em 2009 para 20,88 para 2010?




No período tivemos um aumento na quantidade de profissionais trabalhando e na 
complexidade das atividades desempenhadas.

O Projeto Barro Alto foi concluído com uma taxa de frequência de acidentes com 
afastamento de 0,03 e estivemos atentos a variações durante todo o seu andamento, 
agindo com ações corretivas quando necessário.

Barro Alto foi destaque em termos de segurança, alcançando a marca de 37 milhões de 
homens-hora trabalhada sem fatalidades. Ao longo da construção, mais de 26 mil 
trabalhadores passaram pelo projeto.

Recebemos diversos prêmios em 2011 destacando a excelência de Barro Alto por seu 
desempenho em segurança:

- Aplausos (reconhecimento global do Grupo Anglo American pelo desempenho 
excepcional em segurança)

- 1º Prêmio Dupont (reconhecimento pela excelência da implementação da gestão de 
saúde e segurança no Projeto Barro Alto)

- Prêmio Proteção Brasil 2011. (Conquistado com o case ‘Metodologia de Gerenciamento 
de Risco: Um dos Fatores de Sucesso na Busca pela Visão Zero Lesão’)




17- Os investimentos Social Privado estão em quedas constantes desde 2008, apesar dos 
planos de expansão da empresa. Vocês possuem previsão de aumentar esses valores para

2011 ?

Os primeiros investimentos foram maiores em infraestrutura para melhorar de forma básica 
as condições de Barro Alto para que as pessoas viessem se instalar no município. Agora 
nossos projetos são mais focados em empreendedorismo e empoderamento da sociedade 
civil, sejam adolescentes, funcionários públicos, produtores rurais ou donas de casa.

Em 2011 mais de R$ 2 milhões foram destinados a projetos sociais não relacionados a 
infraestrutura, o que pode ser considerado um valor importante para uma cidade de 8 mil 
habitantes. Com certeza continuaremos a investir em projetos de qualidade e 
sustentabilidade, mas isso está relacionado às demandas e ao ritmo que os projetos 
precisam para se estabelecer.




18- Quais são os principais problemas relatados na comunidade nos fóruns que vocês 
promovem? Qual o impacto da empresa nessas reclamações ? 





Ao longo dos 11 fóruns que já promovemos, tanto em Barro Alto como Niquelândia, 
observamos a evolução dos questionamentos. Onde a relação é mais amadurecida as 
expectativas são relacionadas à geração de renda local, educação e redução de violência.

Já nas comunidades de relacionamento mais recente, a demanda variou entre pedidos de 
doações, compras locais e programas de capacitação. Temos buscado atender a todos os 
tipos de demandas por meio de projetos alinhados a nossas políticas, principalmente em 
relação à educação e saúde com a perspectiva de se tornarem independentes com o tempo.


19- Vocês citam na página 50 que o engajamento interno ainda é um desafio. Vocês 
poderiam explicitar qual o real desafio para internalizar esta percepção nos empregados?




O desafio passa pela conscientização das outras áreas da empresa sobre as questões 
socioambientais que envolvem nosso negócio e seus stakeholders e o papel de cada um 
em fazer a diferença nessas questões.




Vemos que esse desafio está presente em todos os segmentos do mercado e esforços 
devem ser empreendidos nessa direção, tanto no âmbito das empresas, como a Anglo 
American, até em eventos como Cop17 ou mesmo Rio +20. 




20- Por que o uso de energia renovável está em queda constante desde 2008 e as energias 
não renováveis estão aumentando ?


Desde 2008 estamos medindo melhor nosso consumo energético e temos aumentado o 
consumo de óleo diesel, sobretudo em transporte, e óleo pesado com o aumento de 
produção. Isto deve aumentar ainda mais com entrada da produção de Barro Alto, que por 
questões técnicas ainda não utiliza cavaco, mas carvão mineral. A Codemin é a única 
empresa de ferroníquel no mundo que usa um redutor renovável.




21- Qual o perfil dos participantes dos fóruns de intercâmbio realizado pela empresa e qual 
o número de presentes em média?


Temos representantes das mais variadas instituições da cidade: associações de produtores 
rurais, educadores, políticos, comércio, igrejas, sindicatos, imprensa, etc. e a população em 
geral. Temos em media a participação de 100 a 150 pessoas.




22- Vocês poderiam deixar mais claro como vocês auditam os fornecedores frente as 
políticas de desenvolvimento sustentável da empresa ?




A auditoria de fornecedores é coordenada pela área de desenvolvimento sustentável em 
suprimentos, utilizando protocolos globais da companhia, baseados em diretrizes de 
sustentabilidade. São aplicados desde fornecedores globais a prestadores de serviços 
locais. Trata-se de um procedimento que queremos melhorar cada vez mais, fazendo com 
que tanto grandes como pequenos fornecedores evoluam nestas questões.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Caca-Cola. Se cada gesto conta..... Este é o nosso.




 Olá Amigos,

O Natal vem vindo... vem vindo o Natal. Com esta frase de um jingle famoso informamos a todos vocês que a empresa a ter seu limite testado nesta semana foi a Coca-Cola.

A primeira vista pensamos que íamos encontrar mais uma empresa greenwashing total como muitas que vemos durante este ano (OI, VIVO, GM, Mc Donald´s, Nestlé e outras que vocês podem ver no blog) e para nossa grata surpresa isto não foi verdade.

A Coca-Cola, tendo como referência os dados apresentados, apresenta um projeto de gestão de sustentabilidade muito bom, notamos que os projetos não são perdidos em embasados num critério sólido de gestão.

Apesar desta surpresa, ficamos assustados com a forma que os trabalhadores são tratados, pois o assédio moral parece que é constante na empresa. Notamos que a empresa valoriza a gestão ambiental e os projetos socias, mas esquece das pessoas e isto foi um dos pontos que questionamos.

Outro ponto que merece destaque é o fato do relatório encontrado ser o de 2009 (não encontramos o de 2010) e de ser apenas nível C no GRI sem verificação externa. Muito pouco para uma empresa como a Coca-Cola.

Pois bem, esta foi a nossa primeira impressão, positiva é verdade, mas vamos aguardar as respostas dos questionamentos abaixo.

Se cada gesto conta, como afirma a Coca-Cola, este é o nosso de interpretar as questões de sustentabilidade.

Boa Leitura a todos.


Prezado Rodrigo Mourão.

Sou Roberto Leite, editor do Blog "Testando os Limites da Sustentabilidade", canal que busca discutir os relatórios de sustentabilidade das empresas.


Esta semana nossa equipe leu o relatório 2009 da empresa e escrevemos para primeiramente dar os parabéns a empresa em alguns aspectos; como a questão de gestão ambiental, uso eficiente dos recursos naturais como a água e projetos sociais.


Foi uma feliz surpresa ler que a Coca-Cola está integrada com as políticas públicas do país. Isto reforça o compromisso público desta empresa para com essas questões e isto é muito positivo.


Apesar dos dados positivos, ainda temos algumas dúvidas que gostaríamos que fossem sanadas para que possamos publicar em nosso blog.


Caso seja possível, gostaríamos de ter uma data para o envio das respostas e caso não seja possível, gostaríamos de receber oficialmente uma negativa.


Estamos otimistas com a resposta. Pensamos positivamente.



Segue abaixo os nossos questionamentos:




1- A Coca-Cola poderia definir o que é comunidade para a empresa ? Isto não ficou claro no relatório



2- Vocês, juntamente com a WWF está desenvolvendo indicadores de sustentabilidade nos fornecedores de açucar, mas em nenhum momento vi que este indicador contempla as condições de trabalho dos boias-frias. Os trabalhadores estão inclusos neste trabalho ?


3- Vocês poderiam deixar mais claro como os futuros parceiros se ajustam as políticas de responsabilidade social da empresa ? Como vocês auditam este trabalho ?


4- Parabéns pelo trabalho de redução de água na indústria. Os resultados são muito bons.


5- Vocês poderiam explicar melhor como funciona a limpeza das garrafas apenas com ar ?


6- Vocês poderiam explicar melhor como funciona a meta de repor para a comunidade a água utilizada no processo industrial ? Como essas ações estreitam o relacionamento dos fabricantes com as comunidades ? VOcês poderiam deixar mais claro ?


7- Vocês pretendem reciclar 100% dos resíduos gerados em seus eventos. Como vocês auditarão esta prática ?


8- Essa dita sensibilização para com a reciclagem feito por meio do projeto junto com o Walmart deu algum resultado concreto ? VOcês possuem dados que comprovem esta afirmação ?


9- Com a falta de alcool no mercado o projeto da Bio PET foi prejudicado ?


10- As geladeiras antigas da Coca-Cola são recicladas ? Qual a vida útil deste material juntamente com os comerciantes até ser recolhida ?


11- No caso das emissões dos caminhões de entrega da Coca-Cola, vocês podem apresentar um estudo dos últimos 3 anos de modo a comprovar uma redução neste consumo ?


12- O projeto Frota Sustentável entra em vigor quando ?


13- Sobre o projeto de matas ciliares, vocês informaram que preveram investir 27 milhões, deste valor quanto já foi efetivamente investido ?


14- Como uma cooperativa de catadores no Brasil pode fazer parte do projeto da Coca-Cola ?


15- Sobre o programa de valorização do jovem, além da queda na evasão escolar, o projeto consegui medir uma elevação na assimilação de conteúdo e melhora no aprendizado efetivamente ?


16- Sobre o projeto Otimismo que transforma, quanto foi gasto em publicidade no Brasil, somado o custo de produção e veiculação ? Foi menor que os 5 milhões arrecadados ? Qual foi o saldo no final das contas ?


17- Vocês afirmaram que o site Kuat Eco possuia o objetivo de disseminar conceitos de sustentabilidade. Este objetivo foi atingido ? Vocês possuem dados que comprovem esta afirmação ?


18- Vocês afirmam que informa os consumidores sobre seus produtos, no entanto, vocês foram acusados pelo
Ministério Público de induzir o consumidor ao erro no caso da bebida Aquarius Fresh. Isto foi um erro de posicionamento por parte da empresa ? Faltou efetivamente informação ao consumidor ?

19- Vocês apresentam um manifesto no qual buscam oferecer um ótimo local de trabalho e possui como valor a integridade, no entanto, suas fábricas são condenadas por assédio moral de seus empregados. COmo isto é possível já que vocês afirmam que essas fábricas sabem que são guardiãns de uma das marcas mais respeitadas do mundo. Como isto aconteceu ? Se cada gesto conta, com certeza este deve ser levado em consideração.


http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/01/justica-de-mt-indeniza-homem-por-levar-trofeu-lanterna-no-trabalho.html


http://caaporapb.blogspot.com/2011/07/mpt-move-acao-contra-empresa-que.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+Caapor-RainhaDoLitoralSul+%28CAAPOR%C3%83+-+RAINHA+DO+LITORAL+SUL%29

http://www.diaadianews.com.br/geral/noticias/24203/fa-brica-da-coca-cola-no-mt-br-a-condenada-a-pagar-r-300-mil



20- Vocês possuem 43 fábricas e 44 mil pessoas trabalhando para vocês e apresentam uma pesquisa de clima organizacional com apenas 229 pessoas. Esta pesquisa não está furada metodologicamente ?


21- Por que a Coca-Cola com toda a sua importância apresenta um relatório GRI apenas nível C sem verificação externa ?


22- A Coca-Cola não fez seu relatório em 2010, pois sõ encontramos o de 2009.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Gerdau. Esperávamos mais de uma empresa desta importância



Olá Amigos,

Nesta semana nossa equipe leu o relatório da Gerdau.

Grande empresa brasileira comandada pelo famoso empresário Jorge Gerdau referência em gestão no mundo todo.

O fato de testarmos o limite desta empresa, se deu ao fato do Sr Gerdau hoje ser um dos "consultores" da nossa presidente ou presidenta (como você preferir).



Assim, uma dúvida pairou no ar da nossa equipe: Será que este grande empresário pode auxiliar a chefe do poder executivo do Brasil nas questões de sustentabilidade ?

A dúvida fez com que fossemos ver o trabalho de sua empresa nesta questão.

Para nossa triste surpresa o relatório, apesar de direto e objetivo, carece de alguns detalhes importantes e de dados que deveriam ser reportados pela empresa, mas que não foi apresentado.

Um exemplo disto são os níveis de emissões da Gerdau, pois uma empresa que trabalha com fundição de aço deve ser muito transparente nessas questões, algo que não ocorreu.

Apesar de faltar alguns dados, no campo de projetos sociais a empresa merece destaque, os projetos são focados e os resultados bem apresentados, neste quesito a empresa está de parabéns, falta somente detalhar onde ocorre o que no universo chamado grupo Gerdau.

O grande problema deste relatório é que ele não segue o modelo GRI, o que dificulta e muito a leitura e não apresenta todos os dados necessários para garantir que a empresa desenvolve um trabalho sustentável.

Com base neste cenário, encaminhamos as perguntas abaixo para a empresa e esperamos que as respostas cheguem.

Segue abaixo os nossos questionamentos.

Tenham todos uma boa leitura.

Prezado Sr Thomas Oliveira,

Nossa equipe acabou de ler o relatório da Gerdau e algumas informações não ficaram claras, assim, gostaríamos de saber se poderíamos receber as respostas dos questionamentos abaixo:

1- Dentro da Gestão de Risco da empresa não ficou claro onde os riscos sociais e ambientais do negócio são inseridos. Estão nos riscos do negócio ou nos riscos estratégicos ?

2- Por que uma empresa que se diz tão responsável ambientalmente não apresenta em nenhum momento do relatório uma tabela com todas as emissões atmosféricas da empresa, visto que a fundição de aço é extremamente poluente pois utiliza carvão e coque metalúrgico ? Vocês podem apresentar dados como:

Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa

Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeitos estufa
   
Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio

NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas

3- Vocês poderiam citar quais são os Macro processos da Gerdau presente no Gerdau Business System ?

4- COmo funciona o programa de gestão do conhecimento dentro de Blogs ?

5- Como funciona o programa de ideias da empresa ? Os empregados são remunerados pelas ideias e resultados que chegaram em 2010 a economizar 25 milhões de dólares ? Como funciona o feedback dado aos empregados com relação as ideias apresentadas ?

6- Nota-se que a Gerdau agora entrou na área de mineração e de geração de energia por meio de construção de hidreléticas. Com base nessas afirmações, gostaríamos de saber qual é efetivamente o trabalho da empresa com as comunidades atingidas pela construção das barragens e das comunidades no entorno das minas. Que tipo de ação é desenvolvida para mitigar os impactos sociais e ambientais desta atividade ?

7- A baixa utilização da capacidade instalada nas unidades americanas da Gerdau gerou desemprego naquele país.

8- O fechamendo de capital da empresa Gerdau Ameristeel foi por divergências culturais e na forma de gestão da empresa ?

9- Dos R$ 57,4 milhões "investidos" pela Gerdau, quantos % são dedução fiscal e quantos % são efetivamente investimentos por parte da empresa.

10- Parabéns pela linha de atuação social da Gerdau que foca principalmente em estimular o empreendedorismo e de estar integrado (no caso do Brasil) a políticas públicas.

11- Vocês poderiam explicar como funciona efetivamente o programa de voluntariado de modo a garantir a atuação sistemática desses voluntários nos projetos sociais da Gerdau, pois 7 mil voluntários em uma empresa é um número muito alto.

12- Parabéns pelo apoio ao Movimento Brasil Competitivo, pois ter um retorno de R$ 188,00 para cada real investido é um resultado fantástico.

13- Qual a diferença do salário mais baixo de um empregado da Gerdau em comparação ao salário mínimo ?

14- Como funciona o processo de comunicação interna da empresa de modo que possa garantir um canal de mão dupla entre empregados e alta administração. Este tipo de processo existe na Gerdau ?

15- Vocês citaram uma pesquisa de satisfação de clientes e que os resultados foram bons, mas não apresentaram números. Vocês podem divulgar um % de satisfação ?

16- Vocês são os maiores recicladores de sucata do mundo, assim perguntamos como a empresa garante que sua cadeia de fornecedores deste tipo de segmento oferece condições dignas de trabalho para as pessoas diretamente envolvidas neste meio, muitas vezes, insalubre ?

17- Vocês poderiam detalhar como são efetivamente realizadas as ações de educação ambiental da empresa que teve em 2010 22,4 mil participantes.


Desde Já muito obrigado pela atenção