terça-feira, 30 de novembro de 2010

Braskem - Trabalho ambiental bom, mas com a sociedade deixa a desejar.


Olá Amigos,

Acabo de ler o relatório de Sustentabilidade da Petroquimica Braskem. E ao ler o material reforço que gostei muito do trabalho ambiental e dos processos de gestão com o corpo funcional, no entanto, o trabalho com a comunidade, principalmente que vive no entorno das plantas industriais, parece que ainda é muito fraco.
O texto apresentando sobre este tipo de relacionamento é muito dúbio e inconsistente. Assim, resolvi fazer os questionamentos abaixo:

Prezados,

Tive acesso ao balanço social de vocês e ao ler o material notei que vocês possuem um ótimo trabalho no campo ambiental, no entanto, no campo social surgiram algumas dúvidas .
Assim, gostaria de saber se vocês podem sana-las.

1- Quais foram as séries de atividades desenvolvidas na comunidade de Camaçari que vocês afirmam no relatório ? Vocês poderiam ser mais específicos ?

2- Além do evento Polo de cidadania, o que mais foi feito para a comunidade de Camaçari ? Qual o efetivo número de pessoas atingidas e quais os resultados obtidos ?

3- Como funciona o Cofic ? Qual a frequência dos dos encontros ? Quais atividades práticas foram desenvolvidas neste conselho comunitário ? Qual o critério para as pessoas fazerem parte deste conselho ?

4- Em Triunfo - RS o sistema do conselho comunitário é o mesmo ?

5- Quais atividades educativas são desenvolvidas pelo NUDEC ?

6- Em Alagoas, como funciona de maneira prática a atividade de relações institucionais da Braskem com a comunidade ?

7- Por que em Paulínea não existe atividades de relacionamento comunitário ?

8- Ao ler sobre os principais projetos socio ambientais desenvolvidos por vocês noto, numa primeira leitura, que os mesmos não atingem efetivamente as comunidade impactadas pelas atividades da Petroquimica. Isto procede ou os projetos são para a comunidade ?

9- No relatório não está especificado, mas quanto foi investido nas atividades socio ambientais ? Quanto foi oriundo de dedução fiscal e quanto não ?

Desde já agradeço pela atenção.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Walmart. Modelo de sustentabilidade pela Exame (acho que esta revista precisa de um Check Up).


Olá Amigos,

Acabo de saber que o Walmart foi eleito a empresa-modelo pelo guia Exame de Sustentabilidade (http://www.walmartbrasil.com.br/Sustentabilidade/noticias_interna.aspx?id=1253).

Empresa MODELO. Viu a força desta palavra ?

Segundo o dicionário Aurélio, modelo é: "Aquilo que serve de objeto de imitação".

Assim, fui ver se realmente o Walmart pode ser visto como modelo de imitação quando discutimos sustentabilidade.

Sou um pouco cético com isto pois depois que assisti o documentário "Walmart: O custo alto do preço baixo" eu duvido que esta empresa possa mudar da água pro vinho assim.



Bem, para não dizer que fui injusto, fui ler o balanço da empresa (http://www.walmartsustentabilidade.com.br/_pdf/relatorios/walmart-relatorio-de-sustentabilidade-2010.pdf
)e confesso para vocês que gostei das políticas ambientais da empresa, mas as sociais..... (que foi o que realmente me preocupou no documentário) estão muito, mas muito aquém de uma empresa do porte do Walmart.

Assim, enviei as dúvidas abaixo para o e-mail: walmartevoce@wal-mart.com

Vamos aguardar a resposta.

Segue abaixo o texto encaminhado a empresa:

Prezados,

Acabo de ler o relatório de sustentabilidade de vocês e confesso que fiquei satisfeito com os resultados apresentados tanto no campo ambiental como na área de relacionamento com fornecedores, no entanto, noto que a parte social (item de maior importância no GRI), principalmente com comunidade (do entorno das lojas) e empregados os dados apresentados deixam um pouco a desejar.

Analisando o material, vejo que as atividades desenvolvidas são apenas pontuais, com alguns projetos isolados pelo país e atividades filantrópicas e não sustentáveis como se afirma no documento.

Durante a leitura do relatório, uma frase de vocês me chamou a atenção:

Impulsionar o Desenvolvimento – O processo de geração de riquezas pela empresa beneficia funcionários, fornecedores e a própria comunidade, por meio de projetos integrados de desenvolvimento local.

Confesso que não vi nada de desenvolvimento local dentro das propostas apresentadas pela empresa quando o assunto é a comunidade diretamente impactada pelas atividades dos supermercados (moradores do entorno).

Ao analisar os números, vocês afirmam que doaram R$ 392.600,00 reais para creches, instituições e clubes. O que gera uma doação média de R$ 4314,00 por supermercado.

Com base nesses dados eu pergunto: O que pode ser feito de sustentável numa entidade com uma verba desta valor ? Vocês podem deixar mais claro como é aplicado este recurso ?

Aproveito este e-mail também para tirar mais algumas dúvidas do relatório:

1- Sobre o voluntáriado, a ação é feita somente em um único dia do ano ou existe ações mais estruturantes de desenvolvimento local como é a proposta da empresa ?

2- Por que o Walmart, sendo uma grande empresa preocupada com o desenvolvimento social, não oferece um plano de previdencia privada para os empregados ? (ec 3)

3- Por que o Walmart não divulga a relação do seu salário com o salário mínimo ? (ec 5)

4- Existe algum plano para reduzir a rotatividade dos empregados que está na faixa dos 30 % ? (LA02)

5- Quais foram as medidas de reparação adotadas pela empresa no caso de discriminação (HR4) ?

Desde já agradeço pela atenção.



sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Bovespa delimita prazo para responder aos questionamentos do blog sobre o caso Embraer


Acabamos de receber a informação da Bovespa que ela responderá o caso da Embraer até o dia 19/12. Vamos aguardar.

O Serviço de Atendimento ao Público da BM&FBOVESPA agradece seu contato. Sua solicitação foi registrada sob o protocolo 2052168 e será respondida até 19/12/2010.
 
Atenciosamente, 
 
 
 
Serviço de Atendimento ao Público da BM&FBOVESPA
www.bmfbovespa.com.br
(11) 3272-7373




terça-feira, 16 de novembro de 2010

Embraer - Uma empresa bélica no ISE - (ìndice de sustentabilidade empresarial da Bovespa)


Esta semana recebi a notícia que a Embraer fará parte do Dow Jones Sustentability Index como uma das empresas globais sustentáveis (http://www.revistafator.com.br/ver_noticia.php?not=137051).

Confesso que fiquei assustado com esta notícia, pois como uma empresa bélica que produz armas de destruição pode ser considerada sustentável ? (http://www.embraerdefensesystems.com.br/portugues/content/combat/overview.asp)

Resolvi questionar a Dow Jones sobre esta escolha, no entanto, resolvi pesquisar antes se o problema não começava em casa e fui ver se a Embraer não fazia parte do ISE (ìndice de sustentabilidade empresarial da Bovespa) e descobri que ela faz parte, como revela a figura abaixo:


Com base nesta informação, fui estudar a metodologia do ISE, para saber quais os critérios de seleção de empresas para fazer parte deste indicador e ao ler o documento me deparei com os seguintes critérios:


Critérios de Seleção
O conceito de TBL envolve a avaliação de elementos ambientais, sociais e econômicofinanceiros
de forma integrada. No questionário do ISE, a esses princípios de TBL foram acrescidos mais três grupos de indicadores:

a) critérios gerais (que questiona, por exemplo, a posição da empresa perante acordos globais e se
a empresa publica balanços sociais);

b) critérios de natureza do produto (que questiona se o produto da empresa
acarreta danos e riscos à saúde dos consumidores, entre outros);

c) critérios de governança corporativa.

Analisando o item B deste documento, penso que um tiro disparado de um caça Super Tucano pode acarretar risco à saúde das pessoas que o Ibovespa classifica neste documento de "entre outros", pois de acordo com o site da Embraer, este caça possui as seguintes características (http://www.embraerdefensesystems.com.br/portugues/content/combat/tucano_multi_role.asp):

A aeronave está equipada com duas metralhadoras .50” (cada uma com 200 tiros) nas asas. Cinco pontos duros subalares e ventrais permitem portar até 1.500 kg de armas na maioria das configurações. As estações internas da aeronave, bem como a estação ventral, são “molhadas”, para a instalação de tanques de combustível externos.
Além das suas duas metralhadoras internas o Super Tucano pode ser configurado com armamento subalar adicional, como por exemplo, dois casulos para canhões de 20 mm ou metralhadoras .50”, aumentando, de maneira significativa, o seu poder de fogo para as missões que requeiram saturação ar-terra.
As estações externas permitem o carregamento e o disparo de mísseis de curto alcance da classe AIM-9.
Todas as estações podem ser carregadas com bombas Mk 81 ou Mk 82 (convencionais ou equipadas com conjuntos de guias), ou lançadores de foguetes SBAT-70/19 ou LAU-68.

Com base na pesquisa acima relatada, resolvi fazer uma pergunta para a Bovespa questionando esta escolha com um texto simples e direto:

Prezados,
Estava pesquisando sobre as empresas que fazem parte do ISE da Bovespa e dentre os nomes uma me chamou a atenção.
Vi que a Embraer faz parte do ISE e isto me assustou, pois como uma empresa que parte dela trabalha no mercado bélico pode ser considerada sustentável ao ponto de participar de um ranking tão seleto de empresas brasileiras ?
Qual a justificativa para isto ?


Segue abaixo a imagem que comprava o registro.



Aguardaremos a resposta !




sexta-feira, 12 de novembro de 2010

AMBEV - Este relatório tem que melhorar muito.


Olá Amigos !!

Novo relatório !!!

Acabo de ler uma matéria na internet falando que a Ambev é uma empresa sustentável. Achei estranha a afirmação e resolvi ler o balanço da empresa.

Sabe a conclusão que cheguei ? Que poucos relatórios são tão ruins como este. Meu Deus !!!

Assim, como de rotina, li o relatório e levantei os questionamentos, mas para meu espanto não encontrei nenhum canal no site para encaminhar.

Devido ao impasse procurei o canal de assessoria de imprensa da empresa e encontrei o canal da Sra Fernanda (fernanda.doniani@maquina.inf.br) para quem encaminhei o e-mail abaixo. Confesso que neste caso estou sem esperança de obter alguma resposta. O relatório é muito ruim.

Prezada Fernanda,

Utilizo o canal de assessoria de imprensa da Ambev, pois não encontrei no site nenhum canal conveniente para encaminhar esta mensagem.
Acabo de ler o relatório de sustentabilidade da Ambev ano 2008 e estou com algumas dúvidas e gostaria de saber se a empresa pode responde-las.
Segue abaixo os questionamentos:

1- Vocês poderiam serem mais específicos em qual tipo de valor vocês pretendem criar para a sociedade ? Pois na missão da Ambev isto não está claro, visto que o foco da empresa é somente a geração de vínculos focados em marca, produto ou serviço, pois como vocês afirmam na pag 13 A "missão é a razão de ser da empresa".

2- Na cultura da empresa, vocês poderiam explicar melhor o que significa o termo "tolerância zero" dentro do conceito de sustentabilidade aplicado pela empresa ?

3- Não encontrei dentro dos 10 príncipios qualquer menção direta a atividades de gestão sustentável por parte da organização (pag 14). Vocês poderiam serem mais explicitos nesta relação ?

4- Ao analisar as questões de sustentabilidade da empresa, vocês afirmam na pag 18 que dentro da perspectiva econômica vocês buscam : "gerar valores econômicos para todos os nossos acionistas diretamente e para a sociedade, por meio do pagamento rigoroso de todos os impostos". Vocês realmente acreditam que vocês estão fazendo o melhor para a sociedade simplesmente pagando "rigorosamente" os impostos ? Isto não é somente uma obrigação legal ? Toda empresa não tem que fazer isto ? Que retorno para a sociedade isto tem além do obvio ? 

5- Noto que na sustentabilidade, toda a questão dita social e ambiental são somente processos internos, o modelo de gestão não está descolado da sociedade ?

6- Quantos porcento do faturamente é investido em campanha de consumo consciente com crianças e adolescentes, a atividade foi citada no relatório mais sem dados quantativos e mensuração de resultado. Onde posso obter esses dados ?

7- Qual a razão da emissão dos gases de efeito estufa subir de 644.902,4 (ton) em 2007 para 586.739.655 (ton) em 2008. O aumento foi brutal !! Por quê ?

8- Sobre a comunidade (pag 56) existe algum projeto efetivamente estruturante com as comunidade e não somente doações ? Qual o monitoramente que a empresa faz desses recursos, quais resultados realmente foram obtidos com o apoio da empresa ? 

9- Existe algum trabalho de comércio justo com os produtores de guaraná e cevada do Brasil para evitar exploração e atravessadores ?
10- Vocês poderiam divulgar os dados quantitativos de atividade da ouvidoria da empresa ? Como as manifestações são tratadas ? Existe algum trabalho contra ações ligadas a assédio moral de empregados ?
Desde já agradeço pela atenção




quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Incrível !!!! Santander respondeu.



Olá amigos.

Um de nossos colaboradores acabou de receber um telefonema do banco Santander pedindo desculpas pelo fato ocorrido com o serviço de Sac deles.

Não sei como a gerência de responsabilidade social da empresa soube do caso (acho que o blog está ficando importante), mas entrou em contato com nossa equipe, pediu desculpas pelo ocorrido e prontamente encaminhou as respostas.

Ficou evidente neste caso com o SAC da empresa não está interligado as políticas de gestão da empresa, mas o legal foi que a investida dessas perguntas ajudou a empresa a reconhecer este erro e isto é bem legal. É o "Testando os Limites" prestando serviço pelo bem da gestão das empresas ! Estamos se achando já !

Segue abaixo as respostas encaminhadas pela equipe de ouvidoria do Banco Santander:

Porque com a junção do Banco Santander com o Real houve a redução de 1651 postos de trabalho?
Inicialmente, foram identificadas posições em duplicidade e buscamos racionalizar atividades, evitando redundâncias. Essas sinergias foram efetuadas nas áreas administrativas e áreas de apoio. Nas áreas onde temos contato com Clientes, houve contratação de novos funcionários. Esse número, portanto, refere-se ao movimento líquido, saldo no exercício.

Qual o tempo de resposta para uma dúvida levantada no canal Twitter?
Depende muito da natureza da questão, mas a maioria das dúvidas é respondida no mesmo dia, em intervalo de duas a quatro horas. Nenhuma pergunta, capturada em nosso monitoramento ou por meio das mensagens diretas, fica sem resposta.

Quais os dados quantitativos de reclamações de clientes nos últimos três anos? Houve aumento ou diminuição, tendo como base os dados de 2009 de 1.165.492 reclamações registradas?
Entendemos as manifestações de nossos clientes como oportunidades de construção de um Banco melhor a cada dia. Por isso, incentivamos nossos clientes a dialogar e promovemos constantemente campanhas publicitárias convidando nossos clientes a manifestarem suas opiniões por meio de nossos canais de diálogo.
Neste cenário, recebemos 52 reclamações a cada mil clientes em 2007 e 59 reclamações/mil clientes em 2009. Isso ocorreu especialmente devido aos nossos incentivos para que o cliente nos procure, pelo  aumento significativo nos volumes de transações e negócios e pelo momento de integração entre os dois bancos, Real e Santander. É importante considerar também a vigência da lei do SAC, que trouxe um crescimento no uso desse importante canal de atendimento ao Consumidor.

Quantas reclamações do banco foram registradas no PROCON e quantas no Banco Central?
No acumulado de 2009, tivemos 677 demandas SINDEC e 2.051 demandas no Ranking BACEN.
No comparativo com a concorrência, temos:
- SINDEC (PROCON) = no Ranking Anual das 30 empresas mais reclamadas, ficamos em 28º;
- BACEN = no Ranking Mensal das instituições com mais de 1MM de clientes, estamos há 18 meses fora do 1º lugar.
Ao comparar os resultados de 2010 com o mesmo período de 2009 (de janeiro a setembro), identificamos uma melhora significativa nos números do Santander:
a) no Total de Entradas = o Santander teve redução de 22% no total de reclamações e os concorrentes cresceram 2%;
b) o Santander reduziu 74% o total de procedentes e os concorrentes reduziram apenas 57%.

Quantos líderes e empreendedores foram efetivamente treinados no curso “Sustentabilidade na Prática: caminhos e desafios”? Favor quantificar e explicitar os critérios de seleção. Além desse curso, quais outras ações práticas de sustentabilidade são promovidas por parte do banco para com os fornecedores?
O curso presencial “Sustentabilidade na Prática: Caminhos e Desafios” é realizado desde dezembro de 2007 e já reuniu 3.414 lideranças de 1.985 organizações clientes e fornecedoras num total de 31 turmas. Já levamos esse treinamento para 15 cidades do País, entre elas São Paulo, Porto Alegre, Recife, Uberlândia, Bauru e Joinville (dados até outubro de 2010; a última turma do Caminhos e Desafios de 2010 será em Goiânia). As empresas são convidadas por seus gerentes de relacionamento e gestores de contrato. O critério de seleção leva em conta a proximidade com o local onde será realizado o curso, o interesse da organização pelo tema, a proximidade do relacionamento com o Banco. O treinamento tem duração de dois dias e é ministrado por executivos do Santander que vivenciaram a inserção do tema na organização. As pessoas que participam desse curso recebem o acesso a uma área exclusiva em nosso site, na qual encontram, entre outras informações, muitas das ferramentas que nós utilizamos em nosso processo de inserção da sustentabilidade. 

Além deste curso, temos diversas ações de compartilhamento de conceitos e práticas de sustentabilidade com a sociedade. Nosso site www.santander.com.br/sustentabilidade oferece curso online, transmissão de palestras com grandes nomes da sustentabilidade e videochats, todos abertos a qualquer pessoa interessada em se aprofundar no tema.

A seguir, outras práticas de sustentabilidade voltadas para fornecedores:

Parceria de Valor – documento que orienta nossas relações com fornecedores, no qual apresentamos as bases de nosso relacionamento;

Site Canal do Fornecedor – no qual divulgamos nossas práticas de gestão e relacionamento com fornecedores; permitimos o pré-cadastramento de potenciais fornecedores e recebemos sugestões, reclamações e denúncias de fornecedores;
Fóruns Setoriais – apóiam o desenvolvimento de fornecedores, como o Fórum de empresas moveleiras, cujo objetivo foi estimular as empresas a obterem a certificação FSC de cadeia de custódia;  o Fórum de gestão de emissão de gases de efeito estufa, que tem como objetivo estimular os fornecedores a fazer seus próprios inventários de CO2;

Processo de Qualificação de fornecedores – nosso processo de qualificação de fornecedores potenciais ou ativos considera critérios sociais e ambientais em seu escopo e torna o processo inclusivo, uma vez que as empresas recebem o relatório final com a sua nota e recomendações de melhoria;

Treinamentos e Palestras – regularmente, treinamentos e palestras são oferecidos para gestores internos e para os próprios fornecedores, buscando o alinhamento desses públicos com os objetivos estratégicos de nossa organização.

Ainda sobre (fornecedores) parabenizo ao banco por não deverem mais para os fornecedores, pois, segundo dos dados apresentados por vocês, ter 39% das contas em atraso no início de 2009 era muita coisa.
Agradecemos o reconhecimento. Nossos fornecedores são parte essencial do nosso negócio. No início do processo de integração, tivemos muitos problemas no sistema de contas a pagar e, ao mesmo tempo, implantamos o sistema SAP. A situação melhorou muito e, agora, estamos revendo todo o processo – da contratação ao pagamento – para agilizarmos ainda mais o fluxo. Atualmente, esse processo está normalizado e se estabilizou em menos de 1% ao mês.

Existe algum projeto que o banco investe sem dedução fiscal? Se sim, qual e quanto foi investido?
O Santander investe em diversos projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público. Incluem-se nesse universo as ações sociais protagonizadas por empresas, fundações e institutos de origem empresarial ou instituídos por famílias, comunidades ou indivíduos, e ações de incentivo a disseminação da cultura. Em 2009, esse valor totalizou R$ 88.842 mil.

Seguem abaixo alguns dos principais investimentos sem dedução fiscal:

- Programa Amigo de Valor: R$ 1.297 mil
- Projeto Escola Brasil: R$ 890 mil
- Prêmio Educar para a Igualdade Racial: R$ 300 mil
- Programa Parceiros em Ação: R$ 532 mil
- O Verão é Aqui (música): R$ 150 mil
- Talentos da Maturidade: R$ 3.560 mil
- Yoga pela Paz: R$ 248 mil
- AfroReggae: R$ 2.000 mil

A descrição sobre cada um desses projetos e os resultados alcançados está nas páginas 416 e 417 do Relatório Anual 2009, disponível na Internet.

As ações mais estruturantes de eco eficiência são realizadas somente no prédio administrativo central, ou também nas agências bancárias?
As ações de Ecoeficiência são aplicadas no Banco inteiro, contemplando os prédios administrativos e as agências. Temos iniciativas de educação e engajamento no tema, como os cursos online da ISO14001 e de Ecoeficiência, que mais de 16.000 funcionários já realizaram, além de dicas de consumo consciente e coleta seletiva direcionadas a todos por meio dos canais de comunicação interna disponíveis no Banco, como Intranet, e-mail ou Broadcast.

Referente às alterações de infraestrutura, com o objetivo de melhorar a eficiência no uso de água e energia ou usar materiais mais sustentáveis, o Banco aplica esses conceitos na construção de novas agências e prédios administrativos. Isso vale também para reformas. Todas as agências contemplam a aplicação de critérios de sustentabilidade, conforme viabilidade do local, visando, sempre, diminuição de custos e redução de desperdício de recursos naturais. Alguns critérios como Eficiência energética, uso racional de água e de materiais com menor impacto ambiental, gestão de resíduos, uso de madeira certificada, acessibilidade e reuso de edificação são considerados na construção e reforma de nossas agências. Além disso, temos em nosso site um curso online de Edificação Sustentável, disponível para toda a sociedade.

A dificuldade de implementar as mesmas soluções em 2.200 agências faz com que os prédios administrativos naturalmente apresentem mais processos ou soluções técnicas, a fim de se tornar prédios mais eficientes. Um bom exemplo é a coleta seletiva. Muitos municípios no Brasil ainda não aplicam esse conceito e isso impossibilita a implementação em 100% das agências (enquanto temos coleta seletiva em todos os prédios administrativos). Mesmo assim conseguimos implementar a coleta em 25% das nossas agências e elaboramos uma norma com passo a passo de como implementar a coleta seletiva. Temos a expectativa de aumentar esse percentual no próximo ano.

Existe algum projeto futuro para desenvolver políticas para fornecedores locais?
Sempre que possível, utilizamos mão-de-obra e/ou empresas locais para nos atender, mas não há intenção de tornar essa opção obrigatória. Alguns exemplos de compras locais: mão-de-obra terceirizada de limpeza e segurança; a área de logística utiliza fornecedores locais para entrega de suprimentos; os escritórios de advocacia e empresas de transporte de valores são regionais.    

Vocês poderiam especificar melhor os investimentos feitos pelo banco em geração de renda (1,487 milhões)? Quais os resultados efetivos deste investimento?
O valor refere-se aos programas abaixo:
Programa Parceiros em Ação;
Concurso Banco Real Universidade Solidária;
Programa Investimento Reciclável.
Resultados detalhados estão descritos na tabela de Programas e Projetos, disponível no Relatório Anual 2009, na Internet.

Porque o mesmo quadro de investimento social externo está repetido na página 414 e 415 do balanço? Por que a duplicação?
Os valores de investimento social externo respondem aos dois indicadores EC8 e SO1 e, por esse motivo, aparecem duas vezes.

Vocês podem apresentar alguma evidência do treinamento do item S03 do balanço GRI?
As evidências dos treinamentos relacionados ao item S03 são arquivadas eletronicamente em banco de dados da instituição e apresentados sempre que requisitados pelos reguladores e pelas auditorias pertinentes e pelos reguladores.

É possível divulgar o resultado da pesquisa de clima realizada em 2009 correspondentes ao item LA11 do GRI?
O funcionário engajado faz parte de nossa estratégia para a construção do mais eficiente e melhor banco no Brasil. Os resultados das pesquisas de Clima realizadas na Organização são estudos que nos fornecem um diagnóstico do que temos de pontos fortes e o que devemos melhorar referente a assuntos de orgulho da organização, credibilidade, respeito, imparcialidade e camaradagem no ambiente de trabalho. Essas informações são apenas de uso interno.

Existe algum projeto para que todos os empregados recebam uma análise do seu desempenho e não só 37% como vocês afirmam no relatório?
A partir da integração dos processos de avaliação, em 2010, todos os funcionários passam a ter a análise de seu desempenho, que contempla uma autoavaliação e a avaliação do gestor frente às metas e/ou competências apresentadas durante o ano. Vale ressaltar que o processo de avaliação para a Rede de Agências ocorre em fevereiro de cada ano, após fechamento do Relatório Anual.



sábado, 6 de novembro de 2010

Suzano Responde - Empresa séria.

Olá Amigos,
Depois de algum tempo sumido, retorno para passar novas informações para vocês. 

A Suzano respondeu na semana passada e confesso que gostei muito do atendimento e atenção desta empresa sobre a gestão de sustentabilidade, vejo que o trabalho é tratado de maneira profissional e que tudo está efetivamente integrado ao sistema de gestão da empresa.
Noto também que insdústrias estão se importando mais com esta questão que o setor de serviços (banco por exemplo) onde o marketing é muito maior que o resultado efetivo.
Parabéns a Suzano pelo seu processo de gestão rumo a sustentabilidade.
Segue abaixo as respostas da empresa.



 1- Sobre o sistema de gestão de desempenho das pessoas, quando a área operacional será contemplada?

Ainda no primeiro semestre de 2011 teremos a inclusão de todos os colaboradores da Suzano no Ciclo de Gestão do Desempenho. Somente não é possível precisar neste momento o mês exato em que iniciaremos o processo, pois ainda estamos em fase de estruturação interna.

2- Quantos empregados da comunidade do entorno da região do MA e PI foram contratados das 99 admissões anunciadas.

Dos colaboradores contratados para a região Nordeste, 47  já residiam no Maranhão e 19 pessoas no Piauí.

3- Existe um estudo estatístico para saber quais são as principais denúncias que chegam ao comitê de conduta ? Qual a razão do aumento em 66% de 2008 para 2009 ?


Sim. Existem diversos extratos de análise estatística das denúncias recebidas. Estes dados são trimestralmente analisados pelo comitê de gestão de conduta para direcionar as ações táticas e estratégicas pertinentes aos principais assuntos na organização. O aumento no volume é devido, conforme análise do comitê de gestão de conduta, a diversas ações de promoção e esclarecimento do Código de Conduta, como e-learning para 100% dos colaboradores com jogo de perguntas e respostas sobre o Código de Conduta e também à ênfase que a Empresa deu a implementação da SA 8000, que se utiliza do canal de Ouvidoria como mais uma fonte de manifestação de todos os stakeholders.

4- Quantas pessoas com deficiência da comunidade de Mucuri foram empregadas pela Suzano?


São 15 pessoas com deficiência registrados na Unidade Mucuri e 18 na UNF-BA (registrados na unidade de Teixeira de Freitas).

5- Somente 3% dos fornecedores foram auditados sobre as questões de direitos humanos, existe algum projeto para aumentar esta abrangência ?


As empresas auditadas são somente da nossa base de fornecedores críticos, que atualmente são cerca de 420 empresas. Anualmente selecionamos cerca de 25 fornecedores, e os mesmos são auditados nas quatro normas: ISO 9001, ISO 14001, OHSAS 18001 e SA 8000. Todos os anos realizamos a nossa Premiação de Fornecedores, nas categorias Logística, Serviços, Insumos e Inovação, onde também fazemos auditorias em alguns participantes. Nossa intenção é aumentar o número de auditorias no próximo ano. Sendo assim, acreditamos chegar a um número total de cerca de 50 empresas auditadas.

6- Vocês não possuem nenhum fornecedor no MA e no PI ? Pergunto pois na tabela de fornecedores ativos não está contemplado estes estados.

Os números passados referem-se aos fornecedores controlados especificamente pela área de Suprimentos que atende aos sites que já estão em operação, o que ainda não era o caso dos fornecedores do Piauí e Maranhão que, inclusive, possuem uma gerência de suprimentos desmembrada apenas para atender ao projeto. Entretanto, como já estamos plantando efetivamente nos dois Estados, para o relatório de 2010 os fornecedores destes locais deverão ser considerados, embora com gerências diferentes.

7- Como é feito de maneira efetiva o relacionamento com as comunidade do entorno? Como se operacionaliza as agendas de diálogo permanente?


O relacionamento com as comunidades do entorno sempre foi feito por meio da participação de representantes da Empresa em eventos da comunidade, visitas de campo por parte do pessoal operacional e de projetos socioambientais, entre outros. Em 2006, sentimos a necessidade de sistematizá-lo, abrindo mais o canal e registrando as demandas. Daí foi criado o Suzano Responde, no qual por meio de telefone 0800 ou e-mail a pessoa pode encontrar em contato conosco para tirar dúvidas, fazer reclamações, sugestões ou elogios. Em 2008, percebemos que esse canal era efetivo para as comunidades do entorno da Empresa que estavam em áreas urbanas, mas que não atingia na plenitude os nossos vizinhos em áreas rurais. Assim, durante o ano de 2009 e também em 2010, implantamos o Livro de Campo, um treinamento aplicado aos nossos agentes florestais para que eles possam receber demandas das comunidades e levar retornos. Como esses agentes circulam com periodicidade definida por nossas áreas, a ideia é que eles aproveitem para se relacionar e, ao surgir uma demanda, registrem no Livro de Campo. O agente classifica a solicitação, que pode ser  uma demanda socioambiental (reforma de pontes, sinalização viária, pedido de material agrícola, visita à fábrica, doação de mudas, entre outros), uma demanda de desenvolvimento socioambiental (cursos profissionalizantes, parceria com ONGs, projetos de geração de renda e educação, entre outros) ou uma demanda de impacto do Manejo Florestal (ruído de máquinas, quebra de cerca, poeira, entre outros). Há também códigos para os vários tipos de solicitações, com prazos para as respostas. As fichas preenchidas com as demandas são entregues para as gerências socioambientais de cada localidade, que vão atrás das respostas (que podem envolver outras áreas da Empresa). De posse da resposta, o agente volta à comunidade e comunica ao demandante.

Na nossa Unidade da Bahia, foram contratados agentes exclusivos para esse trabalho, que chamamos de agentes socioambientais, e que foram selecionados nas próprias comunidades. Nas demais unidades, o trabalho é feito pelos agentes florestais. No Maranhão, o Livro de Campo está em implantação.

Além dessa ferramenta principal, temos outras, como os RISA (Relatórios de Impacto Socioambiental), os Diálogos Sociais (em São Paulo) e as Caixas de Correspondência.

8- Vocês poderiam citar como vocês conseguiram mapear 800 stakeholders na comunidade ? Como priorizar ações frente a tantos públicos ? Vocês não está confundindo o termo Stakeholder com Indivíduo?

No Relatório de Sustentabilidade, quando dissemos que os diagnósticos socioambientais envolveram 800 stakeholders nos referimos ao número de pessoas que foram entrevistadas. Foram pessoas representativas da comunidade, tais como: lideranças comunitárias, prefeitos, secretários municipais, representantes de órgãos ambientais, representantes de ONGs, representantes do Poder Judiciário, entre outros. Esse trabalho foi feito na Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Tocantins e São Paulo, mas os resultados foram sistematizados por unidade regional da Empresa.

9- Noto que as atividades na comunidade é apenas de diagnóstico e levantamentos oriundos de processos de licenciamento ambiental. O que é efetivamente ações voluntárias de gestão e relacionamento comunitário por parte da empresa ? Quantos reais em projetos foram investidos nas comunidades do entorno impactadas pelas atividades industriais ?

No capítulo Comunidade, do Relatório de Sustentabilidade, abrimos falando dos diagnósticos socioambientais realizados e das estratégias de relacionamento. Note que eles não são derivados dos processos de licenciamento ambiental. Eles foram além dos diagnósticos feitos para os licenciamentos, até porque abrangeram as áreas de São Paulo e Bahia, que não estão passando por licenciamento. Ainda neste capítulo, há um item chamado de Ações Socioambientais (pág. 63), onde descrevemos alguns dos projetos voluntários de investimento social privado realizados pela Empresa. Na tabela das págs. 64 e 65 está a relação completa dos projetos, com os valores investidos em cada um. Aqui não separamos os investimentos sociais das áreas florestais do das áreas industriais, pois em Mucuri (BA), por exemplo, a fábrica fica cercada por florestas e os investimentos em um e no outro se confundem. Nas págs. 66 a 68, também descrevemos as ações do Instituto Ecofuturo, mantido pela Suzano, com ações nas áreas educacional e ambiental.

10- Sobre os projetos de desenvolvimento econômico e de saúde, porque os recursos ( de 2008 para 2009) aumentaram e o número de beneficiários diminuiu?

Em desenvolvimento econômico, em 2009, por conta da mudança de prefeito no município de Alcobaça (BA), não foi realizado o projeto Fruticultura, que estimula o plantio de maracujá nesta cidade. Ele tinha um grande número de beneficiados, com investimento relativamente baixo para a Empresa. Em compensação, em 2010, entrou o PIR (Programa de Investimento Reciclável), em parceria com o Instituto Ecofuturo. Essa iniciativa fornece linhas de crédito e capacitação para cooperativas de catadores de papel. Como são fornecidas linhas de crédito, ainda não é possível apurar o número de beneficiados. Outro projeto, o de Abelhas Nativas, no Maranhão, teve um aumento no investimento, sem aumento proporcional do número de beneficiados. Em saúde, houve mudança na metodologia de apuração destes beneficiados, pois quando reformávamos uma UTI de um hospital, por exemplo, considerávamos toda a população da cidade como beneficiária. Em 2010, o número foi refinado.

11- Dos 55 milhões investidos em projetos sociais, quando é efetivamente da empresa e quanto é oriundo de incentivo fiscal?

Cerca de R$ 4 milhões são oriundos de incentivos fiscais, concentrados em Cultura e Esporte.

12- Vocês poderiam explicar melhor como funciona a destinação de verba para partidos e políticos cujo o objetivo é "não contemplar qualquer discriminação ideológica" ? Realmente não entendi o termo e o processo.

Com relação à destinação de verbas, a Suzano utiliza o seu Código de Conduta como critério para a definição das contribuições aos partidos e candidatos. Essas contribuições são feitas de acordo com a lei eleitoral, de forma transparente, e podem ser encontradas em sua totalidade no site do Tribunal Superior Eleitoral (www.tse.gov.br). Não objetiva-se a promoção de um partido ou uma ideologia específica, mas sim o desenvolvimento, no âmbito governamental, dos valores adotados pela Empresa.

13- Sobre meio ambiente, por que as emissões de SOx da unidade de Mucuri e de NOx da unidade de Suzano dobraram de 2008 para 2009 ?

No ano de 2009, em Suzano (SP), iniciamos as amostragens de determinação de NOX em mais duas caldeiras auxiliares abastecidas a gás natural.

Em 2008 elas não eram dotadas de plataformas para amostragens na chaminé. Por isso, o indicador que deve servir como referência é o de 2009.

14- Por que as produções de mudas cairam tanto em 2009 ?

Nossa produção em 2009 diminuiu basicamente por 3 motivos:

1º - Devido a crise mundial instalada no final de 2008, tivemos que reduzir gastos, porém mantivemos o efetivo de mão de obra operacional (mantivemos o capital humano);

2º - Reduzimos a produção no viveiro próprio. No entanto, mantivemos as parcerias com os 3 viveiros terceiros;

3º - O melhoramento de seleção genética na última década proporcionou para o plantio dos últimos anos mais celulose por madeira/hectare, reduzindo assim a demanda de plantio de novas áreas e, consequentemente, de mudas.