quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ernst &Young... Só queremos as respostas, Ernst & Young


Olá Amigos,

Nesta semana nossa equipe leu o primeiro relatório de sustentabilidade de uma empresa de consultoria. A renomada e conhecida Ernst & Young (EY).

Para quem não conhece, esta empresa presta consultoria financeira e auditoria para as maiores empresas do mundo, sendo hoje responsável até pela gestão financeira da olimpíada no Brasil.

Assim, com base neste relato, o trabalho desta empresa em orientar outras empresas em como gerir seus negócios a credencia a ter seu limite testado.

O primeiro ponto irônico deste relatório é que apesar de ser uma empresa de auditoria, o relatório da EY não passou por uma auditoria externa. Assim pergunto: Se uma empresa de auditoria não acredita em auditoria, por que eu devo acreditar ?

Outro ponto que assusta é o turn over de funcionário mais velhos, parece que a empresa possui uma política de demitir pessoas mais experientes para contratar pessoas mais novas.... Não pode ser verdade, mas os dados apresentam esses indícios.

Também um fato relevante é a falta de visão sistêmica dos processos sustentáveis, ao ponto da empresa citar que sua atividade não impacta comunidades. Como que não ? Sendo uma empresa de consultoria, suas sugestões de gestão podem e muito impactar as comunidades das empresas assessoradas e isto deve ser levado em consideração.

No âmbito interno o relatório da empresa prima muito pelos empregados, mas em nenhum momento a EY revela seus dados de pesquisa de clima organizacional. Estranho não ?

Assim..... parodiando Alphaville cantamos.... Ernst & Young..... Só queremos as respostas, Ernst & Young.



Assim, segue abaixo nossos questionamentos.


Boa Leitura.



Prezados profissionais da Ernst Young,

Sou Roberto Leite, editor do blog "testando os limites da sustentabilidade", canal que busca discutir as questões de sustentabilidade das empresas.

Nesta semana nossa equipe leu o relatório de sua empresa e a mesma apresentou uma série de dúvidas. 

Assim, encaminhamos nossos questionamentos e gostaríamos de receber um prazo para as respostas, caso não seja possível, que seja encaminhada oficialmente uma negativa.

Grato pela atenção.

Segue abaixo nossos questionamentos.


1- Vocês poderiam detalhar como funciona o voluntariado, como e gerido e quanto é investido neste projeto por parte da empresa ? Não ficou clara estas informações no relatório.



2- Quanto que a EY investe no projeto "ABCD nossa casa" e no curso de inglês para os jovens ? Isto foi com recurso próprio ou por dedução fiscal ?



3- Como a consultoria de gestão de risco desenvolvida por vocês integra os preceitos da sustentabilidade ?



4- Qual a razão de Porto Alegre apresentar o menor índice de contratação local de gestores visto que isto é uma prioridade relatada pela a empresa ?



5- Na questão de patrocínios, vocês apoiam somente congressos científicos ou promovem também ações de educação financeira ou projetos sociais de educação ligados a fincanças e matemática com comunidades carentes ?



6- Qual o grau de liberdade que o empregado possui para fazer perguntas ao presidente da empresa no evento coffee e talk ?



7- Qual a razao de no ano de 2011 a rotatividade das pessoas entre 30 e 45 anos e acima de 45 anos ser tão alta ? O ambiente de trabalho da empresa não apresenta perspectiva de carreira ou há um processo de demissão considerável dos mais velhos para contratação de mão de obra mais barata ?



8- Qual a razão de um membro da equipe administrativa da cidade de Blumenau receber menos que um salario mínimo ? Isto não contradiz a afirmação da empresa que afirma que sua remuneração é compatível com o mercado ?



9- Qual a razão de todos os indicadores de saúde ocupacional subirem do ano de 2010 para 2011, sendo que as doenças ocupacionais praticamente dobrarem ?



10- Vocês poderiam apresentar os dados de consumo de energia direta e emissões não só do ano de 2011 como também de 2010 para efeito de comparação ?



11- Vocês poderiam apresentar os dados da pesquisa de clima organizacional dos últimos 3 anos para comparação ?



12- Vocês afirmam que são especialistas em impostos e confirmam a complexidade tributária do Brasil. Com base neste conhecimento, gostaríamos de saber se vocês desenvolvem algum trabalho que possam impactar as políticas públicas de modo a convencer o governo brasileiro a reduzir a carga tributaria nacional ?



13- Estes 44 % de distribuição de riqueza repassado para os funcionários esta incluso o salário que eles recebem pelo serviço prestado ou é realmente algo a mais como a participação no lucro ?



14- Vocês citam no item S09 do GRI que não impactam diretamente as comunidades, no entanto, vocês como uma consultoria financeira podem impactar muito as comunidades de outras empresas sugerindo mudanças de processo de gestão por exemplo. Como vocês trabalham esta responsabilidade social da empresa em seus diagnósticos ?



15- Vocês poderiam explicar melhor como podem auxiliar no desenvolvimento econômico financeiro mais sustentável ?



16- Não é muito estranho que uma empresa de auditoria não apresente um relatório com uma validação externa de outra auditoria ? Isto não depõe para com a credibilidade deste relatório e do trabalho de auditoria como um todo ? 


Grato pela atenção.


Roberto Leite



Editor do blog Testando os Limites da Sustentabilidade


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Hello Friends,


This week our team has read the first sustainability report from a 
consulting company. The renowned and well known Ernst & Young (EY).




For who doesn’t know, this company provides financial consultancy and 
auditing services to the world's largest companies,  and is now 
responsible even for the financial management of the Olympiad in 
Brazil.




So, on this basis, this company’s work on guiding on how other 
companies manage their business, entitles the company to have its 
limits tested.


The first ironic point on this report is that despite being an audit 
firm, the EY report has not gone under external audit. So I ask: If an 
audit company doesn’t believe in auditing, why should I?




Another aspect that scares me off is the turn over of older employees.

It seems like the company has a policy of dismissing older employees 
to hire younger people. It can’t be true, but the data shows this 
indications.




Also, a relevant matter is the lack of systemic view of the 
sustainable processes, getting to the point where the company quotes 
that their activity does not impact communities. Why not? Being a 
consultancy firm, its management suggestions can, and very much, 
impact the communities of the companies advised and this should be 
taken under consideration.




Internally, the company report highlights very much the employees, but
at no time EY reveals its data from the organizational climate survey. 




Weird, isn’t is?

Therefore, parodying Alphaville we sing….. Ernst & Young … We only
want the answers, Ernst & Young.

                                        


Well, here are our questions:

Enjoy your reading

Dear Ernst & Young professionals 
I am Roberto Leite, editor of the blog “Testing the sustainability 
limits”, channel that aims to discuss the companies’ questions about

sustainability.

This week our team read your sustainability report and we have now a 
lot of doubts.





So, I submit our questions and I would like to get a deadline for the 
answers, and if its not possible, an official letter of refusal.




Thank you for your attention

Here follows our questions:

1 – Could you detail how does the voluntary work, how is it 
administered and how much the company invests on this project? This 
information is not clear on the report.


2 – How much does EY invest on the project “ABCD our house” and on the 
English course for young people? Was this an own resource or tax 
deduction?


3 – How does the risk management consulting developed by you integrate 
the principles of sustainability?


4 – What is the reason for Porto Alegre be the place which has the 
lowest index of local hiring managers, once as reported by the 
company, this city is treated as a priority?


5 – About sponsorship: Do you only support scientific congresses or do 
you also promote actions of financial education or social projects 
about finance and mathematics to the underserved communities?


6 – Which is the level of freedom that the employee have to ask 
questions to the Company’s president on the coffee talk event?


7 – What is the reason for the massive turnover among the employees 
with ages between 30 and 45 or above?


8 – What is the reason for a member of the Blumenal’s administration 
team receive less than a minimum wage as a salary? Doesn’t that go 
against the Company’s affirmation that says its remuneration is 
compatible with the market?




9 – What is the reason for all of your occupational health indicators 
have improved between the years 2010 and 2011 if occupational diseases 
nearly doubled?


10 – Could you submit the data from your direct energy consumption and 
emission not only from 2011 but also from 2010 for comparison matter?


11 – Could you submit the data from your organizational climate survey 
from the last 3 years for comparison?


12 – You claim to be a specialist in taxes and confirm the complexity 
of Brazil’s tributary. Based on this knowledge, we would like to know 
if you develop any kind of work that could impact the public policies 
in order to convince the Brazilian government to reduce the national 
tax burden?


13 – Is this 44% of wealth distribution passed on to employees 
included on their wages for the work that have been done or is it 
really something more, like profit sharing?


14 – You mention on the item s09 of GRI that you don’t directly impact 
the communities, but you, as a consultant company may create a large 
impact on the other company’s communities as you suggest changes on 
their management process, for instance. How have you worked this 
Company’s social responsibly on your diagnostics?


15 – Could you give a better explanation on how could you assist on 
the more sustainable economic development?


16 – Isn’t it weird that an audit firm doesn’t show a report that have 
been validated for an external audit? Doesn’t it work as a proof of 
the lack of credibility of this report and of the audit work in 
general?


Thank you for your attention
Roberto Leite – Editor of the blog “Testing the sustainability limits”


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