quarta-feira, 6 de junho de 2012

Samba da Ernst (&Young)



Olá Amigos, 

Como o post anterior sobre a Ernst começou com uma paródia, resolvemos terminar esta história com outra... Esta bem brasileira.

Ernst resorveu pubricá, um relatório de sustentabilidade

Nóiz loco fumos correndo prá lê

Mas os dados não tinha nem pé e nem cabeça

Da outra vez, nóiz num lê mais
Nóiz não semos tatu!



No outro dia escrevo pra Ernst

Que mandou uma resposta que nóiz não aceitemo

Isso não se faz, Ernst,  nóiz não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na capa



Um recado assim ói: "Ói, turma, isso que tenhu pra falá

Aduvido que isso, num vo responde mais ninhuma pregunta.







A paródia acima da música de Adoniran Barbosa revela bem a qualidade da resposta que recebemos desta empresa de consultoria.

Depois de muito correr atrás e de chegar ao presidente e a responsável da empresa pela área de sustentabilidade, recebemos como resposta o seguinte posicionamento:



Caro Roberto, 


Segue a resposta da sócia da Ernst&Young Terco responsável pelo relatório de sustentabilidade da companhia. Vale destacar quea empresa atingiu o nível A – patamar máximo - de transparência em relação à sua governança e ao seu desempenho ambiental, social e econômico de acordo com os critérios estipulados pelo GRI. 



Atenciosamente, 

Milena Dib | Senior Associate | Marketing - Communication 
-------------------------------------------------------------------------------------- 

Prezado Sr. Roberto Leite, 

Agradecemos o interesse em nossa publicação e esclarecemos que a Ernst&Young Terco elaborou o seu primeiro relatório de sustentabilidade, tendo como base as diretrizes e indicadores do GRI (Global Reporting Initiative), organização responsável por disseminar orientações para a elaboração de relatórios de sustentabilidade em todo mundo. A publicação reflete nosso compromisso com uma visão de negócios de longo prazo, a partir do desenvolvimento da sociedade e das pessoas que dela fazem parte. 

Cordialmente, 
Zunara Carvalho, sócia de consultoria da Ernst&Young Terco

_________________________________________________________________



Ao ler a resposta vemos o quanto a empresa ignora a forma de reportar suas informações.

Todo mundo que trabalha com o GRI sabe que o nível de aplicabilidade A, B, ou C não é em nenhum momento um prêmio ou certificação, apenas o nível que a instituição está disposta a responder aos questionamentos.

Brinco que escolher um nível de aplicabilidade para ações de sua empresa é igual escolher uma roupa. Por mais bonita que seja, se a mesma for 2 ou 3 números menor ela vai ficar ridícula em você.

Isto também se aplica para o nível de aplicabilidade... De nada adianta você escolher um nível maior do que você pode reportar se a qualidade dos argumentos não se sustenta. E foi isto que aconteceu com a Ernst & Young.

A empresa definitivamente não está preparada para enfrentar o escrutínio. É até irônico ver que uma empresa acostumada a auditar grandes organizações, quando questionada apresenta um discurso tão vazio.

Assim, deixamos registrado para a empresa o posicionamento abaixo:

Ok Milena...



Tirando o "gestãones" que fala sobre compromisso, melhorias contínuas, lições aprendidas e etc... eu gostaria de saber se a empresa irá responder ou não nossos questionamentos.


Já sobre o nível A do GRI, acredito que houve um equívoco, pois você não atinge nível algum de GRI e muito menos se certifica, você se declara seguir o modelo. Apenas isto.

Assim, já que a empresa se orgulha de possuir o patamar máximo de transparência, por que não encaminhar as respostas solicitadas frente aos questionamentos ?

Este posicionamento não condiz em nada com o discurso da empresa.

Esta é mesmo a posição final da empresa ? É somente isto que a Ernst & Young tem de resposta a oferecer à sociedade ?

Aguardamos uma posição digna ao porte desta empresa.

Atenciosamente.

Roberto Leite.


________________________________________________________________________

                           




Hello friends,


As the last post about Ernst began with a parody we decided to finish 
this history with another.  





A really Brazilian one this time.

Ernst resorveu pubricá, um relatório de sustentabilidade
Nóiz loco fumos correndo prá lê
Mas os dados não tinha nem pé e nem cabeça
Da outra vez, nóiz num lê mais
Nóiz não semos tatu!

No outro dia escrevo pra Ernst
Que mandou uma resposta que nóiz não aceitemo
Isso não se faz, Ernst,  nóiz não se importa
Mas você devia ter ponhado um recado na capa

Um recado assim ói: "Ói, turma, isso que tenhu pra falá
Aduvido que isso, num vo responde mais ninhuma pregunta.



The Adoniran Barbosa song´s parody above shows really well the quality 
of the answer we got from the Consulting Company.




After doing a lot of running after and finally getting to the 
Company’s president and the Company’s responsible for the area of 
sustainability, we got as an answer the following position:

Dear Roberto,

Here follows the answer  from the Ernst&Yung Terco partner responsible 
for the Company’s sustainability report. It is noteworthy that the 
company reached level A – maximum level – of transparency regarding i
ts governance and its environmental, social and economic performance 
according to the rules set from GRI.

Regards,
Milena Dib – Senior Associate – Marketing – Communication

Dear Mr. Roberto Leite,
We thank you for your interest in our publication and clarify that the 
Ernst&Young Terco has developed its first sustainability report based 
on the indicators and guidelines of the GRI (Global Reporting 
Initiative), organization responsible for disseminating guidelines for

developing sustainability reports all over the world. The publication 
reflects our commitment to the to the vision of long-term business, 
from the development of society and the people who are part of it.


Cordially
Zunara Carvalho

Reading this answer we see how much the company ignores the way of 
reporting its information.



Everybody who works with GRI knows that the level of applicability A, 
B or C isn’t, not for a instant, a award or certification, just the 
level that the institution is willing to answer to the inquiries.



I usually joke that choosing a level of applicability to the company’s 
shares is the same as choosing an outfit. Doesn’t matter how beautiful 
it is, if it is 2 or 3 smaller numbers its going to be ridiculous on 
you.



This also applies to the level of applicability. It is useless to 
choose a higher level than you can report if the quality of the 
arguments doesn’t hold up. And this is what happened with Ernst & 
Young.



The company is definitely not prepared to face the scrutiny. It is 
even ironic seeing that a company used to audit major organizations, 
when questioned, presents an empty speech.



That said, we register to the company the statement below:

Ok Milena,
Taking out the “big management statements” that speaks about 
commitment, continuous improvement, learned lessons, etc I would like 
to ask if the company will answer or not our questions. 
Now about the GRI level A, I believe there was a mistake, because you

don’t reach any GRI level, much less is certified. You declare 
following the pattern, but only this.


So, since the company prides itself to have the maximum level of 
transparence, why doesn’t  you send the answer to the questions 
requested before?

This position you made doesn’t match the Company’s speech at all. 
Is this really the final position from the Company? Is only this that


Ernst & Young has as an answer to offer to society?

We keep waiting for a position worthy of the size of the company.

Kind Regards,
Roberto Leite

Nenhum comentário:

Postar um comentário